quinta-feira, 31 de agosto de 2006

pérolas eleitorais - um caso à parte!

Isto aqui merecia um maior destaque...

Quando nos assustamos ouvindo "meu nome é Enéas!!" pela primeira vez? Na eleição presidencial de 89, certo! Ele tinha apenas quinze segundos para esbravejar contra quase tudo em nosso pais e ainda dizer seu bordão.
Vieram novas eleições e descobrimos que todo candidato do Prona era daquele jeito! Ficava algo como...
"Meu nome é (insira nome de político raivoso do Prona aqui)!!!"
Em São Paulo, a dra. Havanir Nimtz se tornou tão popular quanto seu mestre. Talvez porque mulher berrando chame ainda mais atenção.
Mas o fato é que os candidatos do Prona se mostraram a prova viva de que é possivel ganhar no grito! Após fazer de um "clone" seu vereador de São Paulo, o dr. Enéas foi o deputado federal mais votado da história. Havanir também foi eleita vereadora e atualmente é deputada estadual, mas trocou o Prona pelo PSDB.
Enéas teve alguns problemas de saúde, teve que mudar o visual, mas está ai, buscando a reeleição como deputado. Por isso, em outubro, lembre-se: "Com barba ou sem barba, meu nome é Enéas!!"

pérolas eleitorais

Já se deram conta de que o jingle "Ey, Ey, Eymael, um democrata cristão..." tem vinte anos? Palavra! O eterno candidato e esses versinhos inesquecíveis me inspiraram a puxar pela memória fatos, frases e jingles marcantes nesta "jovem democracia" brasileira (quem mais odeia esse termo?)

Começamos com o superinflado pleito de 1989. Eram nada menos que 21 candidatos à presidência. Provavelmente os políticos pensaram, "ah, o povo não escolhe um presidente há quase trinta anos, qualquer um pode levar essa". De certa forma eles estavam certos...bem, vamos recordar coisas engraçadas.

Vote em branco, vote nulo, ou vote PH. Na hora H, vote PH.

Às vezes acho que sou o único que se lembra dessa...e do Marronzinho também! Era um cara que aparecia com um tarja na boca. Bizarro!

E a chamada para a campanha do Partido Verde? Uns efeitos com cores, coisa meio psicodélica, e alguém falando Gabeira! Gabeira! Gabeira presidente do Brasil!

Vamos aos jingles?

Bote fé no velhinho
O velhinho é demais,
Bote fé no velhinho
que ele sabe o que faz!
Vai limpar o Brasil
do Oiapoque ao Chuí
e acabar com a molecagem
que tem por aí!

Jingle da campanha de Ulysses Guimarães (PMDB). Um velhinho pra acabar com a molecagem...que pérola!

Juntos chegaremos lá / Fé no Brasil / Com Afif juntos chegaremos lá.

Afif Domingos, atual candidato ao Senado por São Paulo, já tentou "chegar lá". Seu partido era o hoje mensaleiro PL.

E este aqui?

Passa o tempo
e tanta gente a trabalhar
de repente
essa clareza pra notar
quem sempre foi sincero
e confiar, sem medo de ser feliz

Nada ainda? Calma, vem aí a 2a. parte e vai ficar fácil:

Lula lá, brilha uma estrela
Lula lá, cresce a esperança
Lula lá, um Brasil criança
na alegria de se abraçar
Lula lá, com sinceridade
Lula lá, com toda a certeza
pra você, meu primeiro voto
Lula lá, valeu a espera.

Lula quase lá. Mas no caminho dele havia um alagoano com pinta de galã e..."aquilo roxo"?

Oh, Collor
Chegou a hora de acabar com os marajás
Oh, Collor
Vamos botar tudo de novo no lugar
Oh, Collor
Aqui e lá, lá e aqui
No dia 15 o Brasil vai collorir
E vai dar Collor do Oiapoque ao Chuí
Chegou a hora

Sem mais comentários!!

(continua, é claro!)

:)

terça-feira, 29 de agosto de 2006

crises!

Grandes eventos aguardam os fãs de quadrinhos de super-heróis nos próximos meses.
Na Marvel, Dinastia M envolverá X-Men e Novos Vingadores numa trama para abalar o universo mutante. O "M" refere-se também a Magneto, peça importante na saga, ao lado de seus filhos Mercúrio e Feiticeira Escarlate. A perda de controle desta última sobre seus poderes de manipulação da realidade motivou a série de tragédias que culminou na dissolução da antiga equipe de Vingadores. E a Feiticeira ainda não se recuperou... (Dinastia M 1 chega às bancas em setembro.)
As publicações da DC já anunciam a proximidade da Crise Infinita. Como há vinte anos atras, quando do lançamento de Crise nas Infinitas Terras, são prometidas mudanças significativas no universo de Superman e Batman. A saga atual, entretanto, parece estar menos relacionada com distúrbios cósmicos, como a Crise original, que com uma megaconspiração de vilões, boa parte deles considerada de categoria inferior. Até agora. Junte-se a isso o fato de as relações entre super-heróis estar abalada desde os eventos e revelações de Crise de Identidade. Um pano de fundo bastante promissor. (Contagem Regressiva para a Crise Infinita - Edição Especial saiu em julho e o primeiro volume de uma minissérie de mesmo nome reunindo histórias que servem de prelúdio a saga já está nas bancas. Finda a mini, vem a Crise propriamente dita.)
Os leitores mais antigos, é possível que se assustem com tal avalanche de acontecimentos, receosos de ser tudo um simples pretexto para vender mais gibis e nenhuma das histórias trazer algo realmente novo ou mesmo ter qualidade. Sim, nos anos noventa tivemos muitos eventos bombásticos nos quadrinhos, os quais foram, quase sem exceção, tremendas bombas, mas não parece ser o caso agora. Os autores envolvidos (Brian Bendis na Marvel, Greg Rucka, Geoff Johns e outros na DC) são talentosos - não infalíveis, mas mantêm regularidade nos gibis que escrevem. Leve-se em conta também que essas grandes sagas não têm nada de aleatório, o terreno para elas vem sendo preparado já há algum tempo, inclusive em conjunto com o trabalho de outros criadores de cada editora nas revistas mensais. A crítica especializada e os leitores norte-americanos receberam bem esses ambiciosos trabalhos. Será impossível agradar a todos, óbvio, mas de um modo geral o público deve concordar que tais obras foram executadas com competência, naquilo que se propuseram fazer. Algo como...a curiosidade será saciada de forma satisfatória.

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

26

E havia aquele casal na lanchonete. Pelo menos a mim parecia casal, não houve demonstração pública que o confirmasse. Sentaram-se os dois numa mesa próxima à minha. Eu já os vinha observando desde que adentraram o estabelecimento pois, registro aqui minha "pecaminosa" opinião, um dos possíveis cônjuges era muito atraente. O outro, nem um pouco.
Pediram seus lanches e aguardavam, conversando. Pareciam estar se divertindo, passando um tempo agradável juntos.
Súbito, um daqueles pensamentos terríveis e pessimistas sobre o fato de minha pessoa não ter um par. Algo dizia, diabos, insistia em dizer, sou incapaz de manter uma conversa por muito tempo, como qualquer pessoa normal faz sem nenhum problema aparente. Não sou espontâneo, divertido. Ou carismático: fracassaria em todas minhas tentativas de captar a atenção de alguém, sobretudo de alguém interessante.
Cônjuge sexy idiota.

domingueiro

Felipe Massa vence o GP da Turquia de Fórmula 1!!

É a primeira vez que um brasileiro sobe ao lugar mais alto do pódio na categoria desde 2004.

Uau.

(Foi o Galvão o narrador? Ele infartou?)

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

de nossos tristes tempos e de como eles poderiam parecer ainda piores


Ei-nos enfrentando um dos invernos mais quentes cujas temperaturas já foram registradas. E calor nesta época do ano significa clima seco, muito seco. A baixa umidade relativa do ar agrava os efeitos dos gases poluentes em nossa saúde. Nessas horas, agrada-me pensar que não moro em São Paulo (a foto acima mostra o céu da cidade ontem), embora esteja atento ao fato de que a fumaça feia da capital também afeta o ar campineiro e o de outras cidades não tão proximas. De qualquer forma, a exposição indireta mata menos rapidamente.
Impossível deixar de levar em conta também como o mundo está se deteriorando. E a culpa, óbvio, é de nossa bem-sucedida espécie.
Poluição do ar, desmatamentos, queimadas, tudo isso leva a uma concentração maior de gases do efeito estufa - velho conhecido até de quem se recusou a assinar o Protocolo de Kyoto - na atmosfera. A tal "estufa" dificulta a dispersão da energia térmica solar para o espaco, ocasionando um aumento na temperatura terrestre. Desse desequilíbrio, decorrem anomalias climáticas de todo tipo, e o derretimento das calotas polares já ameaça ilhas e regiões litorâneas ao redor do globo. São fatos, não alarmismos de ecochatos. Eleva-se a temperatura em um mísero grau e a biodiversidade é seriamente comprometida em várias frentes.
E já cogitei ser biólogo. Uma vez formado, eu me afastaria a todo custo das áreas mais carniceiras e viscosas da ciência que estuda a vida, dedicando-me à ecologia. Vamos proteger o mundo, eu pensaria, mas por pouquíssimo tempo. Afinal de contas, meu ganha-pão consistiria não apenas em testemunhar, mas também relatar, a degradação da Terra. E sem esperanças de tomar parte em medidas capazes de reverter tão triste quadro.
O conhecimento adquirido como ambientalista me traria imensa desilusão, talvez tendendo ao insuportável. Desta, escapei. Os dias cada vez mais quentes e os gases tóxicos que respiro já me deixam suficientemente infeliz.

terça-feira, 22 de agosto de 2006

estafa

Cansa-me falar das mesmas coisas, padecer com as mesmas duvidas, sofrer das mesmas dores. Cansa-me ter os mesmos sentimentos sufocando, procurando razões de ser, buscando esperança de...basta! O cansaço, a dúvida, a dor, nublam-me a vista, não faço distinção de traços e cores, perco-me por veredas há muito conhecidas, todos - todos - os rostos são estranhos. Diante do espelho me vejo exatamente como sou, mas a visão remete ao que olhos humanos não podem captar, e por essa percepção sou um estranho, minha presença é torta e desengonçada, meus bracos e mãos que no mundo físico parece tudo podem são atrofiados, sei o que perdi. Minha cabeça é tremendamente concentrada, um único pensamento novo e estou exausto.

sábado, 19 de agosto de 2006

este pequeno pedaço de mim

E aquela música, que até então sempre me tornava introspectivo, fazendo-me ponderar sobre os erros cometidos ao longo da vida, remetendo mesmo ao lado mais escuro de mim - aquele que ninguém alcança - , eu agora a via sob uma nova perspectiva: lá estava o negro, sim, mas dele sempre é possível escapar, é como se não houvesse poço de decepção ou temor que não pudesse ser escalado de volta, posso sempre subir para a luz, onde as cores são visíveis e a vida acontece. Naquilo que antes oprimia vejo agora esperança.
A mim basta dizer o que a música fez, sem citar seu nome. Ninguém, creio, poderia percebê-la como eu, ninguém é como eu. Cada um tem sua própria trilha sonora de desespero e redenção, auto-flagelo e libertação.

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

me tomando por idiota...

Esses spammers não me dão muita coisa...
Há pouco, fui ansiosamente checar os e-mails que recebi durante o final de semana e entre eles havia, pela segunda vez em poucos dias, uma mensagem sem remetente com o título "pediu foto?" Nela, um texto dizendo as fotos serem algo de que certamente eu não havia me esquecido. Passando o mouse pelo link que me levaria às tais doces recordações - seja lá quem as tivesse mandado e se lembrasse delas também - vi um caminho para um arquivo executável (.exe).
Triste, sabe? Que esses golpistas da net, pessoas com quem você nunca travou conhecimento e talvez sequer conheçam seu rosto, considerem suas vítimas incautas o suficiente para cair num truque tão primário. Sinto-me ofendido, e tampouco posso responder à altura.
Como se já não bastassem os momentos da vida em que me acho idiota e incapaz por minhas próprias razões.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

gmendiano

Interessante matéria, ainda que curta, sobre Gilberto Mendes e a presente edição do Festival Música Nova, que o compositor ajudou a fundar e do qual é diretor artístico.
Muitos não devem saber de quem estou falando, já que moramos no Brasil, terra dada a não valorizar seus grandes talentos. Cabem as devidas apresentações. Nascido em Santos, Gilberto Mendes é um dos mais célebres nomes da música erudita contemporânea no país. Suas obras são marcadas pela vanguarda e pelo experimentalismo, como a presença de sons "não-musicais" (gravações, ruídos de objetos) na execução das mesmas. Entre suas composições, merecem destaque O Anjo Esquerdo da Historia e o Motet em Ré Menor (Beba Coca-Cola), ambos para coro e escritos sobre textos de poetas concretos, respectivamente, Haroldo de Campos e Décio Pignatari.
Tive a honrosa oportunidade de cantar algumas de suas peças quando integrei o coral que levava seu nome, regido pelo maestro Paulo Rowlands. Detalhe: era meu primeiro ano como coralista. Ainda inexperiente, deparei-me com músicas tão pouco convencionais - raros são os coros que se arriscam num repertório tao arrojado. Aprender a executá-las bem foi um grande desafio e ao mesmo tempo algo extremamente prazeroso. Divulgávamos música erudita inovadora de qualidade a quem quisesse ouvi-la.
É mais ou menos o que estou fazendo agora. Leia a matéria, entre no clima e vá conhecer o trabalho deste grande artista.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

heloísa helena para este post


Expulsa do PT após declarar abertamente suas posições contrárias à política governista em mais de uma ocasião, Heloísa Helena uniu-se a outros ex-companheiros igualmente indesejáveis entre os petistas, ajudando a fundar sua própria sigla, o PSOL. A candidata surge como visível opção a quem não está satisfeito com o governo Lula, mas em absoluto quer a volta do PSDB após a experiência FHC.
É verdade que Heloísa Helena não é a única alternativa a esse eleitor. Temos também Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação, hoje candidato ao Palácio do Alvorada pelo PDT. Mas os atos politicos recentes de Buarque são bem menos chamativos que os da tival. Ele deixou o partido do governo por vontade própria e mantém uma campanha discreta. Das circunstâncias do afastamento de Heloísa do PT já falamos. Como postulante ao cargo de Lula, ela segue atirando farpas ao presidente e seus aliados, embora seja possível notar uma suavização sutil em sua fala, a fim de não intimidar o eleitorado.
Sua capacidade de atrair votos não deve ser subestimada. Em suas aparições publicas, mostra-se forte e decidida. Em entrevista concedida ontem ao Jornal Nacional, não se abalou diante dos questionamentos às suas atitudes e propostas de governo tidas como mais radicais. Tinha sempre respostas concisas e longas, que por vezes não permitiam aos âncoras do jornal seguir seu ritmo normal, "bombardeante", de perguntas. A postura da candidata certamente cativou muitos espectadores - inclusive este escrevinhador impressionável, que de outro modo não teria trabalhado neste texto.
Neste momento, segundo pesquisas de opinião, pode ser a presença de Heloisa, e não a campanha de Alckmin, o fator decisivo para levar a eleição a um segundo turno. Nestes dois meses que nos separam do pleito, tudo pode acontecer. Tudo. Independente do resultado das urnas, porém, a candidata já marcou seu nome como um dos mais relevantes da atual esquerda brasileira.

terça-feira, 8 de agosto de 2006

considerações de uma melancólica noite de sábado

Algo que relutei pra postar, mas acabou vindo.

Existe uma pessoa certa para cada um de nós? Não estou falando de coisas como uma alma gêmea, alguém que, por acaso ou coincidência cósmica, tenha exatamente os mesmos gostos e interesses que "você" e, importantíssimo, seja bela a seus olhos e atraente a todos os demais sentidos. Nada de idealizações aqui. Bem, para algumas pessoas afortunadas o sonho se materializa, mas não quero tratar de uma exceção da qual, diga-se, sinto não tomar parte. A pessoa certa poderia ser, em princípio, qualquer uma. Dentro de um padrão de beleza pré-definido, claro. Ao primeiro encontro se seguiriam novas conversas, que nos revelariam algo essencial (aos românticos, permito que leiam "mágico"): somos duas pessoas capazes de nos comprometer a oferecer, conforme a disponibilidade de um e de outro, o que o parceiro mais anseia naquele momento. A um "quero ficar só" do amante, o outro se retira, procura algo distinto para fazer. "Vamos sentar e ouvir música?" Escolheriam as canções juntos. Na cama, afinidade total.
Existe alguém capaz de olhar para nós e dizer, por gestos e atitudes, "eu te entendo e te acho o máximo assim"? E claro, nos faça querer agir da mesma maneira?
É isso o amor para mim? É isso o amor?

A cabeça vagueia sobre essas coisas quando se é solteiro/solitário. Quem tem seu par, ou acredita não precisar de um, pensa em quê?

vida...

Sobre o que é a vida, afinal?


No começo - nos primeiros dias - a vida não nos pertence. Não é nossa vida de verdade. Tem lógica. Uma vez acordamos e estamos vivos. Como? Foi preciso duas vidas já existentes, mais antigas, para existir a nossa.
No começo, a vida não pode nos pertencer. Não sabemos lidar com ela. De jeito nenhum. Ainda há pouco estávamos...onde estávamos? Estávamos? Não importa o há pouco, não importa, vale é o agora. Agora estamos vivos. Que alguém nos guie nestes primeiros momentos, alguém mais vivo, somos iniciantes nisso de ter vida. Os guias nos dirão o que, como fazer. Como viver.
Assim nos garantem a vida. É belo. É mágico. É seguro.
É finito.
Pois um dia a vida tem de ser nossa de fato. É necessário. Acontece. E também não sabemos lidar com isso assim de pronto. Pudera. Nunca nos aconteceu antes...nunca mesmo? Não vamos questionar isso, não ajuda em nada. A situaçào está aí, não discuta. Aliás, discuta, sim. Fale bastante. Brigue. Exija. Esbraveje, se preciso. É desse jeito que se tiram forças para a vida ser nossa, única e particular. Pois nem todos concordarão com nossas resoluções. Talvez nem mesmo os amáveis guias do começo. É possível, é possível.
Força. Palavras e ação. Do contrário...

Calamo-nos. Definhamos.
Fechamos, fechamos, até sermos nada.


Sobre o que é nossa vida, afinal?

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Segundo uma pesquisa realizada há muitos anos e cujos dados eu jamais esqueci, estima-se que 99% da população mundial goste de música. Entre esses bilhões de pessoas, porém, somente uma pequena parte tem o que chamamos informalmente de "dom" musical. E um grupo ainda menor entre essa gente musical pode de fato se dedicar ao canto, afinação quase natural e uma voz agradável aos ouvidos.
Cantar bem é, ao mesmo tempo, um privilégio e uma responsabilidade. O primeiro grande desafio do cantor, contudo, não é sua platéia, pois ele não terá condições de subir num palco enquanto não estiver agradando a um ouvido exigentíssimo: o dele próprio.
O nível de auto-cobrança varia de acordo com o temperamento da pessoa e sua experiência em canto, e via de regra está relacionado a um conceito quase místico denominado técnica vocal. Encerradas nessas duas palavrinhas estão as regras a serem seguidas para a voz soar nítida, uniforme e forte, livre de qualquer tensão. É algo que demanda muito treino e investigação constante. Há que se ter paciência, também. Quem acha que se tornará referência no meio após dois meses praticando corre o risco de não sair do lugar.

(continua...)

terça-feira, 1 de agosto de 2006

Viver é muito perigoso.

Viver...é muito perigoso!


Viver é MUITO perigoso.