quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

inéditos...para mim

Natal em casa, tirei o dia para "pescar" filmes na TV a cabo. Sabe, fazer valer um pouquinho mais o preço que se paga pela coisa.
Sem Licença Para Dirigir...é que deixei muitas Sessões da Tarde para trás. Um daqueles filmes típicos de adolescente dos anos 80, feito sem nenhuma intenção além de divertir. E diverte mesmo! Garoto quer tirar a carta de motorista e, com ela, o passaporte pra vida adulta (óbvio), e, de quebra, e mais óbvio ainda, conquistar aquela garota por quem ele vem babando. Aí ele reprova no teste, mas quem disse que isso vai impedi-lo de sair dirigindo? A mocinha é Heather Graham (Os Picaretas, Austin Powers 2), novinha e a cara da Barbie. O cabelo também...aliás, existe como assistir a filmes dessa década sem reparar nos desastres acima da cabeça dos atores? Mullets são só o começo...Questões capilares à parte, situações malucas, reviravoltas bizarras e piadas infames não faltam, e o final pode ser meio chocante para quem fechou com a coisa de "homens merecem carros".
O Sobrevivente é ficção científica, estrelado por Arnold Schwarzennegger. No ano de 2017, um estado opressor manipula a população divulgando informações distorcidas e entregando entretenimento barato da pior espécie. No programa mais popular da "Rede", e que dá nome ao filme, opositores do regime lutam pela vida numa arena, com direito a gladiadores e platéia ensandecida, e invariavelmente perdem - claro, até o Schwarza aparecer. Fazendo o papel que lhe cabe: sujeito monossilábico embora metido a frases de efeito e tiradinhas sarcásticas e chutador de traseiros. O futuro do filme é como um prolongamento dos anos 80: cabelos estranhos (dã!), músicas com sintetizadores. A coreografia das dançarinas do Sobrevivente, o show, é algo que inspiraria as loucuras de Hans Donner - uma olhada nos créditos finais mostra que a responsável pela bagaceira é Paula Abdul!
Longa vida a essa década insana, e aos filmes que eu deveria ter visto na época. Que me sejam dados mais momentos de pôr a diversão em dia.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Viver um Natal pleno é comprar presentes a todos os amigos e familiares, e para isso enfrentar filas, congestionamentos, empurrões? Mesa farta, lista de compras cheia, apesar da crise? O espírito natalino manda, também, caprichar nas esmolas?
Senão, atente ao sentido cristão-ocidental da data festiva: um deus - ou alguém muito mais próximo dele que qualquer um de nós - surge entre os homens, ele também homem, a nos dar a definitiva lição de humildade.
Outra possibilidade ofereço: lembrar-se da magia que envolvia Natais idos, quando éramos poupados das preocupações e frustrações do mundo adulto. (Felizes de nós que tivemos essa dádiva.) Lágrimas aos olhos.
(...)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Um brevíssimo "passeio" - uma ida ao banco, para ser mais exato, e a possiblidade de constatar as conseqüências do crescimento à brasileira: o transporte público caótico, cuja missão é levar cada vez mais pessoas cada vez mais longe em suas residências na periferia; alagamento, pois as chuvas são mais ou menos as mesmas de sempre, mas o piso, asflatado, impermeável, é de nosso tempo; e o que a "opção rodoviária" nos legou tão zelosamente: trânsito e poluição - passei um minuto caminhando atrás de um caminhão velho e fumarento; senti-me perder uns três anos de vida.