E aquela música, que até então sempre me tornava introspectivo, fazendo-me ponderar sobre os erros cometidos ao longo da vida, remetendo mesmo ao lado mais escuro de mim - aquele que ninguém alcança - , eu agora a via sob uma nova perspectiva: lá estava o negro, sim, mas dele sempre é possível escapar, é como se não houvesse poço de decepção ou temor que não pudesse ser escalado de volta, posso sempre subir para a luz, onde as cores são visíveis e a vida acontece. Naquilo que antes oprimia vejo agora esperança.
A mim basta dizer o que a música fez, sem citar seu nome. Ninguém, creio, poderia percebê-la como eu, ninguém é como eu. Cada um tem sua própria trilha sonora de desespero e redenção, auto-flagelo e libertação.
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