segunda-feira, 31 de agosto de 2009

do antigo front (um adendo)

Só uma coisa que eu esqueci...e também porque eu sou chato pra caramba.

Na minha visita à antiga vizinhança houve quem se surpreendesse por eu não ter vindo de carro. E ainda acharam estranho eu não usar veículo próprio durante a semana, para ir ao trabalho. Faz favor!


domingo, 30 de agosto de 2009

do antigo front

A quantidade imensa de lixo no chão, as calçadas inexistentes, as ruas sem sinalização na pista mesmo em trechos perigosos, trânsito - sim, trânsito. Todas as coisas de que a gente vê e com as quais tenta não se chatear muito no cotidiano da metrópole são muito, muito piores na periferia braba. Uma ida a esse bairros distantes - onde há pouco tempo atrás se encontrava minha casa - e a cidade "do outro lado da ponte" ganha ares paradisíacos. Porque aqui tá ruim, mas não tanto quanto lá.

***

Bem perto de onde eu morava - quase vizinhos mesmo - estão para sair um conjunto da CDHU e um condomínio clube com mais de 30 itens de lazer. Claro, eu não morava em Paraisópolis, então o alto padrão não vai ser tão alto assim, mas ainda assim é curiosidade, não?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

fim do cinema? qual o quê

E estavam se perguntando até agora num programa de tv se as histórias a serem contadas iriam acabar, mas especificamente para a cinema. Ora, eu digo que sempre haverá alguém querendo vingança ou aprontando altas confusões. Sem contar as seqüências.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

as folhas caem irrevogavelmente mortas
sobre o chão que pena para devolvê-las ao ciclo
de uma vida cada vez mais desafiadora
para quem dá folhas
para quem dá vida

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

e dormireis sob a cerração. a vós, a bênção.


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Vejo com uma baita desconfiança essa explosão de arranha-céus por toda a cidade. Cada um deles gera um maior fluxo de automóveis em seu entorno, piorando ainda mais os congestionamentos. Durante as obras, sem o devido planejamento, as escavações requeridas para suas fundações podem comprometer o solo, ameaçando construções vizinhas e mesmo lençóis freáticos. Eles modificam em definitivo a visão da linha do horizonte, "roubam" a luz solar de quem está ao nível do solo, ou mesmo de edifícios viznhos, e, se muito concentrados, interferem na circulação atmosférica. Taambém têm o poder de modificar o perfil de uma localidade: um bairro com muitos prédios altos é automaticamente considerado "nobre", o preço do metro quadrado sobe e os mais humildes são convidados a se retirar da vista de quem está no alto das torres reluzentes.

Vi uma foto do skyline novaiorquino e achei tão bonito.


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

informação?

Esta noite, o Jornal Nacional anunciou, à sua maneira, a descoberta do que pode ter sido o primeiro vertebrado a voar sobre esta terra, o pterossauro. Fez parte do corpo de pesquisadores por trás do feito em questão um brasileiro, o que deve justificar a manchete em pleno noticioso entre-novelas. Foram mencionadas técnicas recentes que permitiram dizer bastante sobre o animal, contemporâneo dos dinossauros mas não necessariamente um deles. Foi possível afirmar, por exemplo, que ele não tinha pêlos, nem penas, nem escamas, mas um revestimento cutâneo próprio cujo nome me fugiu. Mas a informação que de fato justificou este post foi outra, e incompleta, por sinal. Foi dito que é mais difícil encontrar fósseis de animais que voam, mas de tal maneira que parecia se fazer uma afirmação totalmente elementar. Bem, de elementar isso não tem nada. E eu quero saber o porquê da mencionada dificuldade, coisa que a Globo não estava a fim de esclarecer. Alguém?

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A coisa mais triste sobre Euclydes da Cunha não é sua amargura, nem a tragédia que lhe tirou a vida: e que seu algoz foi interpretado pelo picareta Guilherme "não fiz Chatô e embolsei uma bolada" Fontes. Sempre que me lembro do autor de Os Sertões, vem-me a cara do atorzinho.

sábado, 1 de agosto de 2009

no cordão da saideira (edu lobo)

Hoje não tem dança
Não tem mais menina de trança
Nem cheiro de lança no ar
Hoje não tem frevo
Tem gente que passa com medo
E na praça ninguém pra cantar
Me lembro tanto
E é tão grande a saudade
Que até parece verdade
Que o tempo inda pode voltar

Tempo da praia de ponta de pedra
Das noites de lua, dos blocos de rua
Do susto é carreira na caramboleira
Do bomba-meu-boi
Que tempo que foi
Agulha frita, munguzá, cravo e canela
Serenata eu fiz pra ela
Cada noite de luar

Tempo do corso, na Rua da Aurora
É moço no passo
Menino e senhora do bonde de Olinda
Pra baixo e pra cima
Do caramanchão
Esqueço mais não
E frevo ainda apesar da quarta-feira
No cordão da saideira
Vendo a vida se enfeitar