quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Doutores da Alegria é um documentário de Mara Mourão. O grupo que empresta seu nome ao filme é composto de pessoas que realmente servem de exemplo a nós todos, em seu trabalho maravilhoso.
Quem assistir tem a chance - mais uma - de descobrir que a programação de verão de certas emissoras é abjeta.
"a vida é uma ópera"...

E nós dois bem poderíamos fazer um dueto...daqueles bem apaixonados...


hahahahahah.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

nossos tempos

Uma cena emblemática...testemunhei-a já há algum tempo, mas não se justifica por nada a ausência de nota. É algo que pode ocorrer todos os dias.
Um automovel fechava um cruzamento, impedindo a passagem de um ônibus. O farol estava aberto para este último, o qual não estava lotado, mas tinha um bom número de passageiros.
O único ocupante do carro era o motorista.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

até onde pode descer?

Whoopi Goldberg não faz mais daqueles filmes tão marcantes, seja o choroso A Cor Púrpura ou o canoro Mudança de Hábito, ou mesmo o meloso-ocultista Ghost, que lhe rendeu o Oscar (a quem me perguntar, só as cenas engraçadas com ela são assistíveis). Ela também não apresenta mais aquela coisa longa e tediosa que é o Oscar. Que fim levou? A programação do começo da tarde na Record deu a resposta. Ela estava lá, num filme chamado Meu Parceiro É um Dinossauro. Me parece uma boa explicar o título para dissipar idéias errôneas sobre...Meu Parceiro é um Dinossauro. Se isso for possível. É daqueles filmes com dois "tiras" - gíria idosa, não? - que são escalados para trabalhar juntos, mas não se conhecem, então tem aquele estranhamento inicial que se supõe capaz de render situações engraçadas. Whoopi é um dos policiais. O parceiro é...bem, agora ficou fácil.
Ou seja...Tá Todo Mundo Louco, com todos aqueles comediantes com o dom de não me fazerem rir, não foi o fundo do poço. A praga deve ter sido feia, e eu nem acredito nessas coisas.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

não cometo poesia

Eu sempre achei que escrever em verso não fosse para reles mortais...
Em prosa, basta organizar as idéias de forma mais ou menos coerente, colocar uma palavra diante da outra e o pretenso escritor pode se sair bem. Mas verso? Verso é mais, ou assim sempre supus. Não ligo muito para coisas como métrica ou rimas, embora admire e faça mil deferências a quem consiga fazer poesia de qualidade dessa forma, sem engolir sílabas, palavras ou o bom senso. Se fosse isso apenas...em minha mente, há como que uma série de axiomas que parecem ditos ao megafone de maneira ensurdecedora quando tenho a audácia de cogitar a escrita em verso.
Tanto me convenço de minha incapacidade de extrair arte da pena - ou da pedra - que uns tempos atrás, após compor umas estrofezinhas desajeitadas, quis me redimir trazendo algo que começava como Meu verso não é poesia. Mas isso mesmo eu pretendia fazer em verso e a coisa jamais saiu das primeiras linhas. Ah, e da última: definitivamente, meu verso não é poesia.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A água não sabe
que está escondida
que seu leito agora
é sob a terra
mas às vezes ela retorna
reclama seu lugar
na superfície
e é como se se vingasse
de seus tolos captores
eles não sabem
mas na verdade
temem o som
da água revolta
da última vez jurei
ter ouvido o som
de uma gargalhada.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

No noticiário noturno de ontem e no desta manhã mencionou-se, em nítido tom "ufa, uma boa nova em meio à crise", um aumento na produção e na venda de automóveis - um dos dois processos, segundo a manchete, quase dobrou seus números, minhas desculpas se agora não lembro qual.
Ok...a indústria automobilística sustenta muitas outras. Fato incontestável. Um punhado de empregos deve ter se mantido por aí. Mas bem poderia ser outra a notícia boa neste período de incertezas. É que comemorar sucesso em venda de carros com as ruas simplesmente lotadas não parece muito sensato.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

domínio

se é público...
o passeio? pode sujar
o dinheiro? pode roubar
o bem? pode abusar

o funcionário? ha...esse não faz nada...é mal educado, bate ponto,
toma cafezinho, bate ponto...só.

Continuemos pensando assim.

a velha monark

Subindo num ônibus no ponto da Marginal Pinheiros mais próximo de casa, seguindo sempre adiante, em poucos minutos chega-se ao que já foi uma fábrica da Monark. A quem o nome nada diz, esclareço: tratava-se de uma montadora de bicicletas. Não sei quando o complexo foi desativado - certamente antes de eu passar a atentar em tais coisas, infelizmente - mas sei do que acontece agora, porque vejo: sua demolição começou há alguns dias.
A história da velha fábrica não é única, bem sabemos. Tantas outras indústrias já deixaram a cidade em busca de vantagens logísticas e fiscais. Cabe perguntar o que foi permitido a seus antigos funcionários buscar, após a extinção de seus postos de trabalho.
Os antigos terrenos industriais, alguns ainda não tiveram destinação definida. Estes abrigam esqueletos apodrecendo ao sol, desgastando-se sob as intempéries, até o mercado lembrar-se de utilizar essas áreas. Em tantos outros, as velhas fábricas já foram abaixo, cedendo espaço a mais torres, em sua maioria residenciais, daquelas que prometem conforto e lazer total a seus moradores. Assim que eles conseguirem sair do trânsito, ao menos.
Ainda não sei o que será da antiga Monark. Garanto a informação neste espaço assim que a tiver.


Em tempo: não estou atacando a saída das indústrias, muito menos pretendo com este post algo do tipo bons-tempos-eram-os-antigos. Apenas observo.