quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

tropa de elite

Devo ter sido um dos poucos brasileiros que não assistiu a Tropa de Elite no ano passado. Por este motivo, simplesmente não podia rir de boa parte das piadas que circulavam por todos os meios sobre o Capitão Nascimento e seu batalhão. Foi um fenômeno pop, sem dúvida. Não foi sem receio que enfim conferi a fita. A última grande febre nacional foi Cidade de Deus, que poderia ter sido um ótimo filme, mas em minha cotação ficou apenas no bom, tendendo a mediano, por causa da produção pretensiosa que parecia gritar a todo momento "Hollywood, você precisa me amar". Será que este Tropa sofre do mesmo mal?, eu me perguntava. Felizmente, a resposta é não. Não pretendo me alongar aqui; só digo que o filme funciona bem. Dá até para pensar um pouquinho: a ideologia e principalmente as atitudes violentas da tropa se justificam?
E tudo o que falaram do Capitão Nascimento é a mais pura verdade. Acho que estão perdendo tempo: já deveriam tê-lo mandado à caça do Bin Laden. Só para aquecer, claro.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

mundo

É de ontem, vocês se incomodam? E um tanto clichê, também.

Bush pedirá ao Congresso 70 bilhões de dólares para a guerra em 2007

Ah, se não fosse tão necessário fazer a guerra, sempre, fico pensando, o que se poderia fazer com uma dinheirama dessas. Teria de ser algo igualmente lucrativo, sem dúvida. Já se ouviu falar em pessoas passando fome, mas buscar uma solução para esse leve embaraço não encheria os bolsos de capitalista algum.

tecnosonho

Esquisito por demais...
Eu estava conversando com alguém via MSN (ou outro programa desses? bem, quase não uso outro) e assim, sem mais, a pessoa pede minhas senhas na internet (para quê?) e eu, sem mais ainda, passo elas, de boa. Só depois que me ocorre a besteira que fiz e penso, com certa tranqüilidade, que depois devo mudar todas as "palavras-passe" (vi isso uma vez, não lembro onde; não soa engraçado?), agora públicas, mas não sem antes pensar num novo critério para criá-las, porque eu tenho uma "receita" para criar senhas, sim, e você também deveria.
Coisa estranha...


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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

pink floyd live at pompeii...e minha cabeça oca


A música de Pink Floyd - colorida, criativa, surrealista e muito inventiva - adapta-se muito bem a criação visual. No anfiteatro e nas ruínas da antiga cidade de Pompéia, a banda Pink Floyd leva o público a uma extraordinária experiência audiovisual. O filme foi gravado na arena durante o dia e nas fantásticas paisagens de vulcões em erupção à noite, numa perfeita transição do áudio para o vídeo. As canções começam e terminam com a música "Echoes", do álbum "Meddle" e inclui também as seguintes músicas:

Echoes
Careful With That Axe Eugene
A Saucerful Of Secrets
"Us And Them"
One Of These Days
Mademoiselle Nobs
"Brain Damage"
Set The Controls To The Heart Of The Sun
Echoes

O diretor Adrian Maben nos traz esta versão novíssima de um filme lendário. Somando-se às entrevistas originais realizadas durante a gravação de Dark Side Of The Moon, essa versão apresenta a única e pessoal filmagem da banda trabalhando em "Live at Pompeii" em Paris, tomadas atmosféricas e novos efeitos visuais.



Tenho o DVD desde 2003 - o texto acima, copiei do encarte - e ele estava inexplicavelmente encostado desde então. Uns meses atrás, foi feita justiça: a produção é fantástica, claro. E quem lesse o blog logo iria ficar sabendo. Mas o próprio respectivo post foi parar na gaveta também, até agora. E a culpa nem foi a preguiça de me alongar em minhas impressões acerca do filme; em verdade, nunca tive intenção de fazê-lo. Simplesmente aconteceu. Dois pequenos pecados cometidos diante de uma mesma bela obra. Vergonha...nem a data em que a vi pela primeira vez tenho para registrar.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

heath ledger

Rapaz de 28 anos, talentoso, bem-apessoado, carreira em franca ascensão. Artista.

Morto. Ao que tudo indica, suicidou-se.
Se confirmado, eis mais uma dessas situações em que nada faz sentido algum.

mirante - janeiro

O tempo promete ser muito estranho ao longo deste ano.
Lembro-me de pouquíssimos dias típicos de verão desde que voltei do Rio. No primeiro final de semana do ano e nos dias seguintes, havia sol, mas não o calor insuportável típico da estação, pelo menos não para mim: à minha volta, as pessoas se queixavam dos dias quentes. E não chovia: à tarde, as nuvens se adensavam, mas não caía uma gota sequer; no máximo, as temperaturas caíam durante a noite. E em pleno janeiro, a seca chegou a preocupar, os níveis dos reservatórios de água perigosamente baixos. Então a temperatura resolveu subir, para simultâneos desespero e alívio, respectivamente pelos dias abafados e o retorno, ainda que tímido, das chuvas. E chego agora ao final de semana passado. Aquele com a frente fria que trouxe chuvas quase ininterruputas até, digamos, ontem, e derrubou a temperatura a níveis invernais. Já tivemos dezesseis graus em São Paulo. Dezesseis. Hoje, o sol está de volta, mas o frio destes últimos dias nos deixa uma manhã típica de inverno, das que se reluta em abrir as janelas num primeiro momento. Tudo isso em menos de vinte dias.
E eu queria tanto um feriado com tempo agradável, mas não sei o que esperar. Estações do ano é um conceito comprovadamente obsoleto.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

sobre o (fim do) sarcasmo

É algo que sempre fiz questão de demonstrar, desde que percebi presente em minha personalidade. No meu perfil do Orkut, por exemplo, está lá, assinaladíssimo: humor seco/sarcástico. Eu procurei refiná-lo observando o Chandler de Friends e me considerei amador ao conhecer o dr. House. Sempre gostei quando as pessoas notavam essa minha tendência à acidez.
Agora, porém, não acho que sarcasmo seja algo bom a ser cultivado. E o motivo é essa minha fase, por assim dizer, espiritualista.
Desde que comecei a freqüentar esse centro kardecista, coisa de um mês atrás, comecei a repensar certas atitudes, que julguei em parte responsáveis pelo estado de inquietação em que me encontrava e que podem ter sido responsáveis pela necessidade de buscar ajuda tão inusitada. Também tenho tido acesso a textos de inspiração espírita. Já por várias vezes li que as palavras ferinas atingem também aquele que as pronuncia. Nesses ataques pessoais, sob o disfarce de insights super inteligentes sobre o que o outro tem de falho em sua personalidade, acabamos por revelar mais de nós mesmos. Se vejo tão claro o erro de alguém e o utilizo como arma, a amargura, o descontamento, isso faz parte antes de tudo de mim. Também não me gosto e projeto tal sentimento negativo nos outros, o que só o faz aumentar.
Outra coisa que se diz em minhas leituras: se sua palavra não for positiva, num momento de crise, por exemplo, guarde-a para você. Pensa-se melhor e em seguida você nem lembra o que o deixou nervoso.
O sarcasmo parecia algo tão característico de mim, agora estou trabalhando para eliminá-lo, na tentativa de ser uma pessoa melhor. Ao menos por ora, isso me faz sentido.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

mandamentos

"É melhor ser alegre que ser triste"
Crer em alguma coisa que duvidar de tudo
Fazer melhor hoje que lucubrar sobre o passado
Cultivar o carinho de quem está próximo
Em vez de envolver-se ao frio do mundo.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

E nestes dias parece que a única solução para evitar a insanidade é crer-se possuidor de uma alma, crer que a existência reservada aos seres humanos é muito mais que a ganância, a ambição desenfreada que tomaram conta desta terra e ameaçam lançá-la para sempre nas trevas da devastação e do abandono antes mesmo do apagar de nosso céu. É que para viver sinto necessárias outras luzes, que não cessem ao fechar dos olhos.

domingo, 13 de janeiro de 2008

do fausto (goethe)...

A definitiva palavra de quem sofre de amor...



MARGARIDA (só, fiando)

Perdido tenho o sossego,
Magoado o coração;
Fugiu a paz da minh'alma,
Não a torno a achar, mais, não.

Lugar onde o não encontre
É triste qual sepultura,
O mundo todo parece
Repassado de amargura.

A cabeça desvairada
Tenho, e turvo o pensamento.
Saudades, ai que endoidecem.
São meu contínuo tormento.

Perdido tenho o sossego,
Magoado o coração;
Fugiu a paz da minh'alma,
Mais não torno a achá-la, não.

Quando à janela me chego,
Querem meus olhos buscá-lo;
E quando saio de casa
Somente quero encontrá-lo.

O seu ar é majestoso
E gentil sua estatura,
Que fogo altivo nos olhos!
No sorriso, que doçura!

E se dos lábios lhe correm
Doces falas de de encantar,
Quando a mão ele me aperta,
Quando chega a me beijar!

Perdido tenho o sossego,
Magoado o coração;
Fugiu a paz da minh'alma,
Não a torno a achar, mais, não.

A ele meu peito aspira
Todo em amor abrasado;
Oh, quem me dera tê-lo aqui
Nestes braços apertado.

E tanto tempo beijá-lo
Que me pudesse fartar,
Ainda que de seus beijos
Eu houvesse de expirar!

sábado, 12 de janeiro de 2008

pague-se

E sob o pretexto de destinar mais recursos à saúde pública, há alguns anos foi criada a contribuição hoje conhecida por CPMF. Isso faz uns dez anos. Era para ser algo provisório, está até no nome. A seu favor, além da boa causa da saúde, dizia-se que era imposto impossível de sonegar.
Na época da CPMF a dengue voltou. Voltou para valer. Algo faltou, então. provisório da CPMF era prorrogado e prorrogado, um dinheiro de que o governo dizia não poder abdicar.
Agora, comemora-se por aí o fim da infame contribuição, um dinheiro a menos que o cidadão deve ao Estado. Muito se discutiu para a eliminação, ou não, depende se falamos de oposição ou governo, desse único imposto. E já pagamos outros tantos, mas ninguém se empenha em rever a quantidade desses tributos sobre tributos. Ou de coibir a temida sonegação que não alcançava a contribuição defunta.
Hoje, um surto de febre amarela se avizinha em nossas cidades. Com ou sem CPMF, é um risco real. Enquanto isso, continua-se pagando, continua-se falando demais.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

madrox

Mais um gibi "velho" que merece review. É de 2004, foi publicado aqui em 2006, e eu só li essa semana. Enrolado, não? E ainda quero contar uma historinha...
Fatos e fotos. Eu, quatorze anos de idade, fã do desenho dos X-Men - aquele citado no post anterior. Não demorou e me tornei também leitor do gibi dos X-Men; à época, um daqueles formatinhos da Abril. Descobri que os quadrinhos mutantes eram um universo bem mais amplo que o mostrado na telinha. Já na minha primeira revista, conheci um punhado de personagens novos, a citar alguns: Jamie Madrox, o Homem Múltiplo; e um cara fortão chamado Guido Carosella. Em princípio, achei que fossem vilões, mas na saga dos mutantes que peguei em andamento ficou claro que eles estavam sob domínio do Rei das Sombras (ei, esse eu já conhecia). Verdadeiro vilão vencido, muitos mutantes bonzinhos no mesmo lugar: logo de cara presenciei uma reformulação nas equipes X - ingênuo que era, para mim a coisa era definitiva. Madrox e Guido passaram a fazer parte de uma equipe mutante subordinada ao governo norte-americano, o X-Factor, ao lado de outros personagens novos para mim, como Destrutor, Polaris e Lupina, mas que o tempo mostrou terem muita história antes de formada a equipe. E suas aventuras eram publicadas, ufa, em X-Men. Chamavam atenção as altas doses de humor nas situações vividas pelo grupo, algo que até então me parecia inconcebível num gibi de super-heróis - eu ainda não havia sido apresentado à Liga da Justiça de Keith Giffen e J.M. deMatteis, pioneira nessa abordagem. O codinome de Guido, o cara fortão, era...Fortão. De qualquer modo, eu gostava bastante daquelas histórias, e agora vejo o X-Factor cômico como uma das poucas coisas nos quadrinhos mutantes dos anos noventa digna de ser lembrada.
E então surgiu esta minissérie, Madrox. O fator nostalgia bate forte na hora de pegar e ler o gibi: além do personagem-título, Lupina e Fortão também estão lá, e o escritor é o mesmo daquele bom X-Factor, o talentoso Peter David. Mas a história tem seus méritos próprios.
Jamie Madrox agora é um detetive particular num canto de Nova York denominado Cidade Mutante. Ele tem dois intrigantes casos em mãos: o de uma mulher que duvida da fidelidade do marido, um mutante paralítico mas capaz de criar uma projeção astral de si mesmo, e o de uma cópia sua que aparece esfaqueada e à beira da morte após retornar de Chicago, cidade bem violenta mesmo na vida real. Lupina, Fortão e uma outra cópia vão investigar o possível adultério, e o Jamie original encaminha-se a Chicago saber quem tentou matá-lo e por quê. Neste último plot concentra-se a parte noir da trama, como o narrador - o próprio Jamie - faz questão de dizer a si mesmo o tempo todo.
Peter David teve uma idéia muito interessante para trabalhar Madrox. Um homem múltiplo não precisa fazer escolhas, não à maneira que nós, pessoas "inteiras", estamos acostumados: optando por caminhos que nos desviarão irremediavelmente de outros. Ele pode ir em qualquer direção imaginável, bastando para isso criar uma cópia e dizer, "vá". Então ela retorna e Jamie absorve o conhecimento adquirido. E há cópias de Madrox por toda a parte, assimilando todo tipo de experiência - há um Jamie shaolin! Como efeito colateral, contudo, as cópias criam um ponto de vista próprio sobre as realidades vivenciadas, criando certa confusão na mente do original e também colocando-o, vez ou outra, em boas enrascadas.
Assim, o inusitado, tão bem-vindo nas histórias dos mutantes da Marvel - e inexplicavelmente escasso na maioria delas - marca presença nas páginas desta mini, extremamente indicada para eternos fãs que há muito evitam os títulos X devido ao marasmo dos mesmos, situação que já dura longos anos e nos faz buscar, quase sempre, lá no passado a lembrança de boas sagas.
As aventuras de Madrox e dos outros continuam na nova série do X-Factor, também de Peter David, que breve devorarei com o mesmo gosto, assim espero.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

eu convoco o poder total da tempestade!

Dá pra acreditar que esta frase, mais do que digna a figurar no rol de coisas mais toscas já proferidas por personagens fictícios em todos os tempos, não tinha nenhuma ocorrência no Google até agora? Bem, acabei de mudar isso.
Ouvir a Tempestade invocando os elementos ao usar seus poderes era uma das coisas mais duras de agüentar no desenho dos X-Men dos anos 90, que passou por um bom tempo na Rede Globo.
E falando nisso...
Sabe o que me faria convocar o poder total da tempestade? A nulidade chamada Big Brother Brasil, atualmente em sua oitava edição. Sempre que isso volta ao ar, eu penso: há ainda interessados no programa da casa cheia de gente vazia? Mas todos os potenciais espectadores devem se fazer a mesma pergunta e, em vez de usar o bom senso, voltam a dar ibope para a coisa, perpetuando a máxima "é ruim, mas como tem quem veja, vai continuar". E sempre há quem alegue falta de opção...sabe, pessoas a quem a alternativa desligue a televisão não foi apresentada.
E, pelo que andei lendo, BBB está garantido até o ano de 2011, no mínimo. Até lá, vamos ver se manifesto poderes climáticos...mas dispenso o discurso empolgado da Tempestade do desenho: a tevê já tem chatonildos de sobra.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008


E viva a falta de pauta...