sábado, 28 de junho de 2008

rise and shine!

"Courage, child of Washington,
Though thy fate disastrous stems,
We have seen the setting sun
Rise and shine with brighter beams."

De The Torch Light And Public Advertiser, fevereiro de 1824.

Sempre gostei da expressão que dá título ao post. No texto acima, percebe-se uma clara referência ao Sol, mas podemos traduzi-la por algo como "acordar para a vida", fazer o que deve ser feito.

terça-feira, 24 de junho de 2008

a filosofia de seu madruga (com breves comentários)


(Se você não admite que se fale de Chaves, sinceramente não sei o que está fazendo por aqui.)


"Não há nada mais trabalhoso do que viver sem trabalhar."

Apud um programa de televisão a que o velho pai da Chiquinha assistiu. O mestre - como, aliás, não surpreende - distinguia com sabedoria o trigo do joio na imprensa, e nos transmitia somente o melhor.

"Não existe trabalho ruim! O ruim é ter de trabalhar."

Não é preciso ser sábio para entender que esta lição não exclui a anterior. Trabalho, todos devem ter um, mas é impossível amá-lo, ou odiá-lo, durante cem por cento do tempo. Caso contrário, algo está muito errado!

"Na vida temos que sacrificar algumas coisas para conseguir outras."

Serve como justificativa para deixar de pagar o aluguel e para muitas outras situações práticas.


"Atores vemos...costumes não sabemos!"

Aqui o mestre se manifesta contra o culto às celebridades tão comum em nossos dias.

"Para o amor, não há barreiras! Todas se rompem!"

Sim, ele também versou sobre o amor. Como aconteceu com a maioria dos grandes nomes do pensamento humano, aqui as palavras de Madruga foram mal interpretadas, e ele acabou agarrado por Dona Clotilde.

"A vingança nunca é plena: mata a alma e a envenena."


Não somente uma grande lição de vida praticamente auto-explicativa, mas também um aforismo belamente construído - note-se a rima rica.

"As pessoas boas devem amar seus inimigos."

Madruga não usava de palavras difíceis em seus ensinamentos, dada sua origem humilde. Isso não impedia, contudo, que suas mensagens não tocassem fundo. Que o diga Dona Florinda, que após saber que o dito acima foi proferido por seu tradicional rival, não teve escolha senão a de louvar sua sabedoria, num dos momentos mais tocantes de todo o seriado.


E tenho dito! Se eu lembrar de mais pérolas, edito o post :)

domingo, 22 de junho de 2008

(telefone toca)

escritório
consultório
refeitório
reformatório

sanatório

envoltório

sábado, 21 de junho de 2008

festa junina (julina às vezes)

E vivam a quadrilha, o casamento na roça, as crianças vestidas de caipirinhas, as barraquinhas com gincanas e quitutes - mesmo coisas que não gosto, como quentão. E ainda tem correio elegante e a prisão. A fogueira. A quadrilha. Balão e rojão me deixam meio preocupado.
Não sei se festa junina pode ser considerada folclore, e na verdade isso não importa: simplesmente acho muito bom que siga acontecendo por nosso país. Prestigio sempre que posso.

minhocão morumbi?

É sobre o que acabei de ler nesta matéria no Yahoo. De algum lugar surgiu a idéia de construir uma pista elevada entre a futura estação São Paulo-Morumbi do metrô ao estádio do bairro. Justifica-se a pressa para chegar ao futebol com a proximidade da Copa do Mundo de 2014.
Em que pese à ausência de senso que acomete alguns dos brasileiros em assuntos concernentes à chamada "paixão nacional", espero uma manifestação veemente dos moradores da nobre região contrários à obra que lhes tiraria (mais) o sossego e eliminaria o canteiro central de uma avenida. E vozes tais costumam ser ouvidas. Outra razão lógica para um "fora Minhocão" é sua serventia para lá de discutível: espera-se um movimento maior para a festinha do futebol, e depois?
A nós outros, resta a torcida. Contra a obra, e não por um time qualquer, como alguém poderia supor, já que por aqui se falou de futebol. E uma dúvida: como aquela monstruosidade em Santa Cecília, o Elevado Costa e Silva - primeiro e único de sua estirpe, espera-se - pôde um dia sair do papel?

sexta-feira, 20 de junho de 2008

nas alturas...

"Em cima, o mundo da era espacial onde equipes de noticiários voadoras viajam pelo céu para seu próximo furo de reportagem e ricos executivos transitam sem esforços entre condomínios de luxo, balneários na praia e reuniões de negócios; embaixo, o caos congestionado onde a vasta maioria dos moradores se espremem juntos em uma orgia de engarrafamentos e acidentes de moto."


Minha cidade segundo o "Guardian"! Não é chique?

domingo, 15 de junho de 2008

que dia!

Argh! Tudo que quero é esquecer este domingo. Todos têm aqueles dias terríveis; este foi o meu. Enfrentei conduções cheias e mal cheirosas, chuva, vento, chuva mais vento...para nada. Minha feliz recompensa não veio, a felicidade se recusou a sorrir para mim hoje. Melhor sorte na próxima.

sábado, 14 de junho de 2008

Em suas preces, peçam por mim. Façam com que me seja permitido descansar. Fechar os olhos, ir para o longe, e ao regressar, estar inteiro novamente. Que as inquietações cessem.

terça-feira, 10 de junho de 2008

realidade

O seu animal de estimação tende a perder parte de sua fofura quando você descobre que, no interior daquela linda embalagem, pode haver parasitas.

domingo, 8 de junho de 2008

carta amistosa

Meu caro amigo, que esta missiva o encontre bem. Devo-lhe uma visita, uma conversa mais demorada, uma tentativa de reviver os bons tempos (...), enfim; enquanto tal hora não chega, vai a carta mesmo, a fim de mostrar que não o esqueço.
Não escrevo, porém, para contar novas, aliás, numerosas e significativas, nem para pedir-lhe que me ponha a par das suas - se até minha vida andou, imagino o que não terá lhe acontecido. Ficará isso para depois. Agora, tudo que quero é sentar e, de certa forma, conversar. Peço a você, ao ler estas linhas, que imagine aquelas noites em outros tempos, tempos que poderíamos chamar de nossos, tão próximos que estávamos, tanto que compartilhávamos.
Ontem vi fotos suas e me foi impossível deixar de pensar, deixar a mente ir longe. A verdade é que você foi longe, meu amigo. Onde está agora, ninguém o diria em momento algum que chegaria. Você o disse, e isso fez toda a diferença. Por um tempo, ensaiamos que eu também tivesse um sonho, você bem se lembra. Como você, e como outros conhecemos em nossa época (suspiro), eu me levantaria contra todo e qualquer empecilho que viesse a surgir na tortuosa jornada a meu lugar mítico de direito. Mítico, porque muito, muito distante; de direito por aparente destino. Hoje...sinceramente, não creio mais que esteja neste mundo para realizar algum sonho. Ao contrário, se eu fosse acometido agora pela tristeza que por vezes tomava conta de mim quando ainda podíamos, você e eu, sentar e conversar, diria que meu destino é suportar pesadelos, de modo a com eles aprender alguma coisa. Que maneira de encarar a vida, você responderia, você que sempre a quis intensa, e assim se fez. Mas eu mudei...minhas idéias, meus conceitos mudaram. Não consigo mais crer que a vida seja uma só. Certas coisas simplesmente não se aplicam mais a mim. Nada de planos audazes que se imponham a pequenas probabilidades de êxito ou ao espanto do próximo e ao nosso próprio. ... aproveitando as chances que me forem dadas - que, veja só, ainda são variadas. Primeiro, as mais racionais, mais certas, e o que mais ver, lucro será.
Que ambos sejamos felizes conforme nos for permitido.
Um forte abraço.

terça-feira, 3 de junho de 2008

do que fazer a seguir

Sempre vou me cuidar. Farei o possível, o que estiver ao meu alcance, para não agir de maneira imprudente. Tenho um compromisso com meu bem-estar, o qual garante também ajuda a outras pessoas - mesmo a quem sequer imagino. Quem me fornece tal aviso pode também vir em meu auxílio.
Que assim seja.
Não provoque situações que possam ter conseqüências das quais possa se arrepender, talvez para sempre.

domingo, 1 de junho de 2008

como no primeiro mundo. como, no primeiro mundo?

Foi inaugurado ontem ao público o Shopping Cidade Jardim, localizado na Marginal Pinheiros, entre as pontes de acesso à Avenida dos Bandeirantes e a novíssima ponte estaiada. Não ainda a pleno vapor; muitas lojas ainda estão fechadas ou mesmo em obras. Atrás do shopping estão também em construção quatro edifícios, a se tornarem os mais altos da cidade.
Não estive na inauguração, obviamente. De fato, adentrar o lugar não está em meus planos em tempo algum. Nem se eu fosse absurdamente endinheirado. De quantos templos de consumo extravagante a cidade ainda precisa? Há a monstruosa Daslu sem acesso para pedestres do outro lado da Marginal, onde também se constrói o futuro shopping de Vila Olímpia - numa área de trânsito complicado - e os já veteranos (e vizinhos) Morumbi e Market Place não estão longe.
Foi pelo jornal de hoje que soube da abertura do shopping, com o qual não simpatizo desde o início das obras. Quase todos os visitantes adoraram a sensação de estar no "primeiro mundo", torrar dinheiro como se estivessem em outro país. Pois fazê-lo com a imagem de um Brasil na cabeça não deve ser tarefa fácil, por mais "elite" que o visitante do shopping se sinta. Quando as obras estiverem completas e o cheiro do Rio Pinheiros não se insinuar tanto no local, como agora acontece - segundo o jornal, sempre - talvez a atmosfera primeiro-mundista se construa mais facilmente.