quinta-feira, 30 de março de 2006

ilustrada

Algumas notas do "show biz" que li hoje:

- Lima Duarte se desculpou à Rede Globo pela entrevista concedida domingo passado em que fez duras críticas a emissora, sem poupar nem mesmo a novela em que atua hoje. Por algum motivo, o ator deve ter se arrependido de sua coragem...
- O Ministério da Justiça reclassificou o Pânico na TV como sendo impróprio para menores de doze anos. Desse modo, o programa, atualmente veiculado ao final das tardes de domingo, só poderia ser exibido após as oito da noite. Se a Rede TV não cumprir a determinação, o Ministério Público pode entrar com uma representação que pode tirar o show do ar, como aconteceu com as "atrações" de João Kléber tempos atrás, no mesmo canal. A emissora, claro, vai recorrer da decisão. A mudança de horário implicaria na queda de audiência do Pânico e, conseqüentemente, das receitas geradas pelo mesmo.
- Prince volta ao topo das paradas americanas depois de dezessete anos! Os anos noventa foram fracos, em termos comerciais, para o artista anteriormente conhecido como o artista anteriormente conhecido como Prince (sempre sonhei poder escrever isso!), e agora ele voltou a emplacar. Seu novo álbum estreou em primeiro lugar no top 200 da Billboard. Alguém aí não sabe quem é Prince? Nos anos oitenta, ele só perdia em popularidade para Michael Jackson e Madonna - complicado competir com esses dois, não? E duvido que as pessoas até o momento incapazes de ligar o nome à pessoa não tenham ouvido, no mínimo, seu megahit Kiss. Outros sucessos dele são 1999, When Doves Cry, Batdance - trilha do primeiro filme do Homem-Morcego de Tim Burton - e Purple Rain, faixa-título do filme do cantor. Sabe, na década de oitenta música pop era geralmente boa e divertida.
- Milo Manara, o mestre das HQs eróticas, desenhará a graphic novel Women of the X-Men, dedicada, claro, às beldades da equipe mutante. As "X-mulheres" nunca serão retratadas de modo mais voluptuoso. Os nerds punheteiros* não podem perder...

*peço perdão pela expressão acima, mas é algo que sempre quis escrever - também - e agora tive como! Viva o blog...

terça-feira, 28 de março de 2006




"Davide con la testa di Golia", da possível autoria de Bartolomeo Manfredi. Eu gostei e tá aqui...
Começa amanhã uma exposição de pintura renascentista e barroca na Pinacoteca do Estado. Tintoretto, El Greco e outros. Programa legal pro meu próximo fim de semana em SP.
Devo admitir que, quando vi o quadro acima pela primeira vez, a expressáo do Davi me chamou a atenção de tal modo que levei algum tempo pra reparar na cabeça do gigante.

sexta-feira, 24 de março de 2006


Monday finds you like a bomb
That’s been left ticking there too long
You’re bleeding
Some days there’s nothing left to learn
From the point of no return
You’re leaving

Hey hey I saved the world today
Everybody’s happy now
The bad things gone away
And everybody’s happy now
The good thing’s here to stay
Please let it stay

There’s a million mouths to feed
And I’ve got everything I need
I’m breathing
And there’s a hurting thing inside
But I’ve got everything to hide
I’m grieving

Hey hey I saved the world today
Everybody’s happy now
The bad things gone away
And everybody’s happy now
The good thing’s here to stay
Please let it stay

Doo doo doo doo doo the good thing

Hey hey I saved the world today
Everybody’s happy now
The bad things gone away
And everybody’s happy now
The good thing’s here to stay
Please let it stay

Everybody’s happy now...



Mais uma da série "músicas que vem a cabeça"...esta é do Eurythmics e se chama I Saved The World Today. Eu adoro.
Curioso que ela tenha me surgido agora. Dá pra pensar em relacionar a canção e o (péssimo, péssimo) momento que estou vivendo agora. Na música, mencionam-se certos sofrimentos mas, de acordo com o refrão, tudo deu certo, a pessoa que "conta" a história diz que conseguiu resolver tudo e não consegue esconder a satisfação - sua e a de quem a cerca - diante do fim dos problemas.
Preciso encontrar alguma maneira de salvar o meu mundo. Talvez isso deixe um bocado de gente feliz, além de mim mesmo.


segunda-feira, 20 de março de 2006

André, o claustrofóbico

Eu tinha acabado de entrar na biblioteca e, como de costume, tomei o elevador para chegar ao último andar. Uma outra pessoa subiu comigo; ela ficou no último piso. Assim que ela saiu, as portas do elevador se fecharam, mas ele não subiu imediatamente. Fiquei alguns segundos ali, parado, isolado de tudo. Tempo mais que suficiente para entrar em pânico. Apertei quase todos os botões do painel à minha frente, implorando em meus pensamentos que o elevador se mexesse. Por fim, as portas se abriram novamente. Saí sem hesitar e cheguei ao último andar pela escada.
Foi como descobri meu pavor a ambientes fechados.

Nota: Escrevi este texto originalmente em 30 de setembro do ano passado, quando de fato vivi a situação descrita acima. Semana passada o reencontrei, e hoje o transcrevo no blog após uma breve revisão.

quinta-feira, 16 de março de 2006

durval discos



1995. Durval mora com a mãe e possui uma loja de discos, a do título do post e do filme. São discos mesmo: ele não trabalha com CDs. Nem adianta dizer a ele que o vinil está nas últimas. Ele resolve contratar uma empregada, pois sua mãe, já idosa, não está mais dando conta dos serviços de casa. As coisas vão bem até o dia em que a mulher diz que precisa sair e volta no dia seguinte. Ela desaparece e, no quartinho em que ela dorme, Durval e a mãe encontram uma garotinha e um bilhete da empregada, pedindo que os dois cuidem da criança enquanto ela está ausente. O tempo passa...até o momento em que Durval descobre, pela televisão, a verdade sobre a menina e a ex-empregada.
Nada mais posso contar. É assistir pra saber o que acontece. E acreditem, tudo acontece.
Filme que merece ser conferido. Os nomes mais conhecidos do elenco são Marisa Orth e Letícia Sabatella. Rita Lee faz uma participação especial engraçadissima como uma cliente da Durval Discos. A trilha sonora também é muito bacana.

quarta-feira, 15 de março de 2006

verme de ouvido

Ponho a letra desta música no blog porque ela - a canção - desde ontem me vem à cabeça de tempos em tempos. Pelo que entendi por meio de minha leitura, fala-se do dia seguinte após uma transa sem compromisso. Por essa eu jamais esperaria...


Summer '68 Lyrics
Artist(Band): Pink Floyd

Would you like to say something before you leave
Perhaps you'd care to state exactly how you feel
We said goodbye before we said hello
I hardly even like you, I shouldn't care at all
We met just six hours ago, the music was too loud
From your bed I gained a day and lost a bloody year
And I would like to know how do you feel
How do you feel

Not a single word was said, the night still hid our fears
Occasionally you showed a smile but what was the need
I felt the cold far too soon in a room of ninety-five
My friends are lying in the sun, I wish that I was there
Tomorrow brings another town, another girl like you
Have you time before you leave to greet another man
Just you let me know how do you feel
How do you feel

Goodbye to you...
Charlotte Pringle's due
I've had enough for one day


Ah, esta música tão um trecho instrumental magnífico perto de seu final. Queria ter um conhecimento musical mais apurado que me permitisse descrevê-lo.

famosos

Esta semana, o principal assunto dos veículos especializados em celebridades - ou fofoqueiros, como o leitor preferir - é certamente a notícia de que o casal formado pela modelo Isabelli Fontana e o modelo-que-virou-ator Henri Castelli recorreu à fertilização in vitro para realizar o sonho de ter uma menina.
Essa é a informação oficial, da qual se pode depreender que o par de famosos serviu-se de sua condição financeira favorável para que o milagre da concepção, acessível a todos os seres dotados de sexualidade reprodutiva, atendesse a um desejo íntimo dos futuros pais.
É o que parece...
Eu provavelmente não escreveria nada a esse respeito se não tivesse acabado de ler uma matéria do Blog Quero Ser Mãe sobre a ética em escolher o sexo dos filhos. Nela, questiona-se o que aconteceria se toda a população tivesse acesso a esse método de concepção, além de informações sobre os casos em que a gravidez assistida é recomendada. Ela normalmente não é feita no simples intuito de atender a um "capricho" dos pais, como se refere o blog ao caso dos dois artistas.
Mas, como sabemos, aconteceu: o casal pôde custear o tratamento em questão e agora está grávido. E se algo além da informação oficial foi ponto decisivo para a inseminação artificial? Não quero eu mesmo parecer um fofoqueiro. Contudo, entre as muitas notas, em sua maioria fúteis, à nossa disposição sobre a vida dos artistas, não é de modo algum impossível que verdades permaneçam encobertas, ou que se comentem sem jamais serem confirmadas, ou mesmo desmentidas. Se há alguma "moral" nisso tudo, é que não deveríamos dar muita atenção à vida de quem está tão distante. Pois nem mesmo o que está diante de nossos olhos em revistas e câmeras de TV pode corresponder à realidade.

terça-feira, 14 de março de 2006

(en)cargo

A proposta veio na semana passada. Disseram-me para pensar a respeito, quando na realidade não havia muito o que refletir. Trata-se de um "poder" que tenho vontade de experimentar há algum tempo, e ainda por cima ligado à atividade que me dá mais prazer na vida toda - pudesse eu dedicar-me somente a ela...mas dizem que é preciso ganhar dinheiro também.
Apesar disso, quando afirmei que não havia muito o que refletir a respeito, minha resposta óbvia deveria ser, na realidade, uma recusa. Trata-se de um comprometimento muito grande com algo que, como disse antes, gosto imensamente, mas que na prática não me serve de muita coisa. Não vou ser pago por isso, eis o que quero enfatizar. Agora tenho que estar à disposição do coro de um modo que jamais estive, e isso pode não ser tão bom para quem, em tese, teria que se ocupar de coisas mais práticas. Mas aceitei, não deixei de aceitar ser representante de naipe. Creio que não podia deizar de cantar em coral - sei que um dia vou fazer isso - sem assumir um compromisso tão grande.
Talvez eu me arrependa por isso, mas é melhor que lamentar-se por uma coisa que se tenha deixado de fazer.

quinta-feira, 9 de março de 2006

oscar



Sábado eu sai apressadamente de casa para assistir Crash no SP Market. Decidi ver o filme de última hora. Até perdi os trailers. Mas o passeio valeu a pena. Não passei o dia inteiro dentro de casa, como tem acontecido nos últimos finais de semana, e ainda gostei bastante do que vi.
Na noite seguinte, a cerimonia do Oscar. A festa acabou mais cedo que o usual. Antes de uma e meia da madrugada o premio de Melhor Filme já havia sido entregue. E o Oscar foi para...Crash! Achei curioso, o filme que eu havia assistido na noite anterior ser aclamado dessa maneira. E ele nem era o favorito da noite. Todos acreditavam na vitória do campeão de indicações, Brokeback Mouontain - eram oito, ao todo. No fim, cada filme levou três estatuetas para casa. O prêmio máximo do "filme dos cowboys gays" foi o de direção, para Ang Lee.
Quando sai do cinema sábado, tinha a certeza de ter assistido a um ótimo filme, mas que a meu ver não seria escolhido o melhor do ano. Falou-se tanto de Brokeback Mountain que eu achei, mesmo sem tê-lo assistido, que ele tinha mais "pinta" de vencedor, com polêmica e tudo. Agora, estou mais ansioso do que nunca para conferir o trabalho de Ang Lee. Quero comparar os dois filmes e ver se a escolha da Academia bate com a minha.