terça-feira, 8 de agosto de 2006

considerações de uma melancólica noite de sábado

Algo que relutei pra postar, mas acabou vindo.

Existe uma pessoa certa para cada um de nós? Não estou falando de coisas como uma alma gêmea, alguém que, por acaso ou coincidência cósmica, tenha exatamente os mesmos gostos e interesses que "você" e, importantíssimo, seja bela a seus olhos e atraente a todos os demais sentidos. Nada de idealizações aqui. Bem, para algumas pessoas afortunadas o sonho se materializa, mas não quero tratar de uma exceção da qual, diga-se, sinto não tomar parte. A pessoa certa poderia ser, em princípio, qualquer uma. Dentro de um padrão de beleza pré-definido, claro. Ao primeiro encontro se seguiriam novas conversas, que nos revelariam algo essencial (aos românticos, permito que leiam "mágico"): somos duas pessoas capazes de nos comprometer a oferecer, conforme a disponibilidade de um e de outro, o que o parceiro mais anseia naquele momento. A um "quero ficar só" do amante, o outro se retira, procura algo distinto para fazer. "Vamos sentar e ouvir música?" Escolheriam as canções juntos. Na cama, afinidade total.
Existe alguém capaz de olhar para nós e dizer, por gestos e atitudes, "eu te entendo e te acho o máximo assim"? E claro, nos faça querer agir da mesma maneira?
É isso o amor para mim? É isso o amor?

A cabeça vagueia sobre essas coisas quando se é solteiro/solitário. Quem tem seu par, ou acredita não precisar de um, pensa em quê?

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