terça-feira, 31 de janeiro de 2006

um post perdido, lamentoso, invejoso até

Eu queria muito ser um escritor mais profílico...acordar mais vezes com coisas maravilhosas na cabeça e passá-las para o papel, como parece ocorrer com tanta gente, ou mesmo me sentir mais disposto para discorrer sobre assuntos, pelo menos na aparência, banais.
Semana passada, mencionei minha leve adoração pela Jennifer Aniston - até postei uma foto dela, deixei ou não deixei o blog mais bonito? Me propus a fazer com que tal comentário me levasse a reflexões, por assim dizer, mais profundas. Isso era para acontecer no dia seguinte. Não escrevi nada. Seis dias depois, perdi o pique para voltar ao assunto, evidentemente.
Num dia preguiçoso como este, em que eu trouxe minha folga a Campinas, bem que podia vir uma inspiração que me fizesse escrever algo digno de milhões e milhões de page views (eu nem estou pedindo um Pulitzer...hahahah). Mas só saem as coisas de sempre.
Ah, estou me cobrando novamente...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

querido diário...

O poder hipnótico do computador faz com que eu ainda esteja acordado, ainda que o sono que sinto neste momento esteja quase me derrubando sobre a cama a meu lado. Bem, sr. Morfeu, juro que só vou escrever um bocadinho e em seguida me recolher ;)
Feriado chocho...o calor absurdo que sufocou desde as primeiras horas da manhã me deu uma preguiça tremenda. Mal pus os pés para fora de casa o dia todo. Pra matar o tempo, tevê, videogame, livros e um bom cochilo vespertino - dormindo o calor não é tanto.
Eu disse a mim mesmo que ia ligar hoje pra um amigo meu com quem não falo há anos e não liguei. Me senti um idiota por isso. Por que me acovardei? Não sabia o que dizer, não quis incomodar, algum outro motivo tosco. Nem a tarifa promocional de hoje me fez vencer o receio. Uma vez tímido...
Sou um espectador tardio de Friends. Há quem diga que estou viciando. Bobagem. Me divirto assistindo, mas não vou ver os mesmos episódios por toda a minha vida, como deve fazer quem compra os DVDs.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

esclarecimento (?)

Queria dizer que não me considero de maneira nenhuma responsável pelo último texto que postei. Está certo, fui eu que escrevi aquilo, mas eu definitivamente estava...como direi...agindo sob condições totalmente adversas. Imagine: acordei às quatro horas da manhã e, sem nada para fazer, liguei o computador, entrei na Internet e resolvi escrever...uma cartinha de amor a alguém que, com os diabos, não amo - mal conheço! - e que decididamente não...por que ainda estou a falar disso?
Uma bela porcaria esse esclarecimento que não deixa nada claro. Seria muito mais fácil apagar o post e ignorar todo esse desvario. Mas não, opto por deixá-lo aí. Sou panaca mesmo, e o destinatário da "carta" é mais panaca ainda, porque não permite que eu simplesmente esqueça tudo. Saco.

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

eu...amo?

Essa é pra você, a quem não posso me dirigir diretamente. Na realidade, pouco adiantaria se eu o fizesse.Acabei de ver uma foto sua muito por acaso, e não pude deixar de me deter um pouco nela e pensar em você. Em como eu gostaria de ter você ao meu lado.
Você não faz idéia do quanto mexeu comigo desde que te vi pela primeira vez. Sério, bati o olho e simpatizei logo de cara. Sua simpatia, sua evidente paixão pela vida, sua beleza caivante. Ah, sua beleza. Já fiquei namorando você de longe algumas vezes e acho que jamais vou esquecer do seu rosto lindo, nem do seu sorriso. Como eu queria te ter por perto e ser capaz de mostrar o quanto você me cativa. Sentir teu cheiro, te abraçar, te beijar com toda a ternura.
De vez em quando, e notoriamente é o caso agora, fica difícil segurar todos esses sentimentos. Como eu queria te amar...mas na certeza de que isso é impossível, nem ao menos te chamo pelo nome. De qualquer modo, você já tem seu amor, até onde sei. Seja feliz...seja feliz. É tudo que posso lhe pedir.

sábado, 14 de janeiro de 2006

search, download, listen...

Se me encontrarem na Internet altas horas da madrugada, ou no final de semana à tarde, pelo menos uma coisa estou fazendo com certeza: baixando músicas. Quem inventou o mp3 é digno e bendito por todas as gerações! Pois com ele é possível ouvir de novo na íntegra aquela música que você nunca esqueceu, apesar de nunca mais ter tocado em nenhum lugar que não a sua cabeça.
Com a música em formato digital surgiram também as ferramentas fantásticas que são os softwares de compartilhamento de arquivos. É só digitar o nome da música, conferir os resultados da busca e aguardar o fim do download - pra quem tem Internet discada, como eu, a pior parte da brincadeira - pra música estar lá, no seu HD, pra ouvir quando você tiver vontade. Comprar CD por causa de uma única canção quando se pode tê-la de graça em alguns minutos? Oh, por favor.
A coisa fica um pouco mais complicada quando você não lembra o nome da música, o que é fácil de acontecer, até para musicomaníacos do meu naipe. Você só lembra uma parte da letra da música, ou que ela tocava em algum programa de TV ou comercial...o que fazer? Apelar para o mestre Google, claro: jogue as informações que achar pertinentes sobre a canção desejada no oráculo da Net e torça para que elas o levem ao tão desejado título. Dificilmente falha.
Hoje mesmo, eu queria baixar uma música e tudo o que eu sabia era que tocava numa propaganda da Hollywood. Ora, na época em que reclames de cigarros eram permitidos, havia dezenas deles, cada qual com sua música. Como achar a correta? Felizmente, o grande Google me direcionou um site no qual encontrei uma listagem com todas, eu disse todas, as músicas utilizadas em propagandas da Hollywood. Era apenas uma questão de tentar vários downloads até aparecer a música que eu queria. Acertei na terceira. Era Did It All For Love, do grupo Phenomena. Uma dessas "baladas metal" dos anos 80. Eu gosto, tá?
E ainda estou online.

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

floreios...

André hoje acordou antes das oito horas, um horário mais do que estranho para uma pessoa em férias sair da cama. Nem fome ele tinha ao se levantar. André pensou consigo: o que fazer a esta hora, enquanto não sinto vontade de tomar café da manhã? Resolveu assistir a um DVD que havia tomado emprestado de um amigo na noite anterior.
No disco, Sin City. Já fazia tempo que André queria ver esse filme. Hoje, finalmente, foi possível. Sin City é baseado numa série de quadrinhos homônima escrita e desenhada por Frank Miller, talvez um dos maiores quadrinistas americanos. Nela se narram histórias passadas na violenta e fictícia Basin City, que não por acaso é conhecida como a Cidade do Pecado. Os protagonistas são policiais, matadores, prostitutas, mafiosos, poderosos corruptos. Na adaptação cinematográfica, tudo foi fielmente reproduzido. A fotografia é em preto e branco. As cenas são idênticas aos quadros de Miller. A violência é abundante e, em alguns momentos, perturbadora. Ótimo programa.
André adorou ver Jessica Alba e Clive Owen na tela, por motivos diferentes e ao mesmo tempo semelhantes.
Hoje, ainda, André concluiu a leitura do Silmarilion. Agora ele pode ler os textos referentes à Primeira Era publicados em Contos Inacabados sem se sentir tão perdido. Por vezes, André acredita que deveria ter comprado o primeiro livro na época em que adquiriu o outro. Ele deveria ter ignorado aquela promoção e preferido os relatos completos sobre os tempos antigos a uma coleção de...contos inacabados, que poderiam ser lidos depois, apenas como curiosidade.
O mesmo amigo que emprestou a André o DVD de Sin City sugeriu-lhe que sua próxima leitura deveria ser o megasucesso Código da Vinci. André se recusa a ler esse livro, por enquanto. Na verdade, as vendas extraordinárias do título o fazem duvidar da qualidade do mesmo. André prefere assistir primeiro ao filme, a ser lançado este ano, para decidir se a história compensa ser lida. Isso quando não acredita que seu único interesse na película é a presença do sempre ótimo Ian McKellen.
Em lugar do best-seller de hoje, André preferiu um campeão de vendas mais antigo. Tirou da prateleira seu exemplar de O Nome da Rosa - com o qual o Código vem sendo comparado - e começou a lê-lo, no final da tarde. Com dicionário do lado e tentando apreender o significado de expressões latinas que apareciam aos borbotões nas páginas iniciais.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

conheci Henfil!

O bom de passar um tempo em São Paulo é ter a chance de fazer aqueles passeios que eu não tenho a menor disposição de fazer quando visito meus pais em finais de semana porque a viagem me deixa morto de preguiça.
Hoje, por exemplo, fui ao Centro Cultural Banco do Brasil pra ver uma exposição do Henfil. Eu não conhecia praticamente nada do trabalho dele e achei que essa seria "a" oportunidade de conferir alguma coisa. Achei que só iria ver um ou outro desenho, mas que nada...havia inúmeras tiras. Estive no local da exposição por quase duas horas e não consegui ver tudo, simplesmente porque já estava cansado de tanto ler.
Henfil era mesmo muito talentoso. Impossível ler alguma coisa dele e ficar indiferente. Um leve sorriso, uma gargalhada sonora, surpresa, uma pausa para reflexão. Ou simplesmente não saber o que fazer, no caso específico do humor negro das tiras dos Fradinhos.
O traço dele é quase sempre simples, beirando o tosco em alguns momentos, mas é bastante funcional. Há tiras com traço mais elaborado, mais raras, e curiosamente nunca em seus personagens principais.
Quanto ao conteúdo, o cartunista abordava temas variados, mas predominava em seu trabalho a crítica velada ao regime ditatorial da época. Às vezes, nem tão velada assim: algumas tiras eram tão cáusticas que eu ficava me perguntando, "cara, como os militares deixaram isso ser publicado?" De um modo geral, é possível separar os trabalhos em dois tipos: aqueles que precisavam de um pequeno texto explicativo (p.ex. se a tira tratava de algum fato) e as que permanecem atuais e talvez continuem assim sempre. Ah, mas por melhor que seja o material, não dá pra ler tudo de uma vez, como eu disse antes. O ideal seria possuir uma coletânea com os trabalhos mais significativos do autor - daquelas bem completas, com textos informativos - para guardar e ler quando puder. Alguma editora podia publicar isso.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

Primeiro post de 2006. Gostaria de começar desejando um ótimo ano a todos os meus possíveis leitores. Não que eu queira um péssimo ano a quem não me lê (praticamente toda a população mundial). Trata-se de mera formalidade. Pensando bem, tem outra coisa, sim...queria que as pessoas que por acaso passam pelo blog me deixassem saber de alguma forma que o fizeram. Acho que isso ia me fazer bem, mesmo que apareça alguém dizendo que eu só escrevo merda.
Ok, ok...chega de divagações, viagens e afins. Estou aqui porque estou a fim de falar sobre minha passagem de ano. (Gozado, isso me fez lembrar dos tempos de primário e das redações sobre as férias que eu era obrigado a escrever naqueles dias. Enfim, chega de firula!)
No dia 31 viajei com os meus pais e meu irmão para Salto Grande, uma cidadezinha na divisa com o Paraná onde existe uma colônia de férias da Caixa Econômica Federal. Em princípio, eu não queria ir, por não me sentir disposto a fazer uma viagem tão longa - mais de quatrocentos quilômetros - para ficar só com a minha família num lugar pequeno e sem muitas opções de lazer. Fui meio a contragosto, mas acabei curtindo. Talvez tenha sido melhor do que ficar em São Paulo, onde dificilmente eu encontraria tamanha tranqüilidade e, por conseqüência, um mais que bem-vindo descanso para a mente. Uma pena ter chovido tanto, senão o passeio teria sido ainda mais prazeroso.
Eu não ia à colônia há anos, mas ela não me pareceu muito diferente após todo esse tempo. Uma reforma iria bem. As diferenças que notei não tinham muito a ver com a colônia em si, mas com os bichos que vivem lá. Não ouvi cigarras, que me intrigaram - e irritaram! - bastante em visitas anteriores. Antes, havia muitas delas. Sapos também, ou pelo menos eu achava que eles tinham sumido. Só vi um, enorme, ontem à tarde. E, para me contrariar de vez, vários deles estavam cantando à beira do rio, quando eu fui para a cama.
Como passei o tempo? Bom, saímos pela cidade algumas vezes, meus pais mais do que eu. Passamos a virada do ano no centro, onde vimos uma queima de fogos. A cidade inteira devia estar lá. Pouco a dizer sobre isso: todo revéillon deve ser igual em lugarejos como Salto Grande. Na colônia, havia uma piscina, na qual eu entrei quandonão chovia ou não fazia frio, e alguns cachorros com quem brincar. Quando chegamos, havia outras duas casas ocupadas. Mas eu não tive quase nenhum contato com essas pessoas: apenas falei, muito rapidamente, com um homem extremamente gordo, à beira da piscina, e a conversa não foi além do banal.
Fiquei mais tempo dentro da casa mesmo, assistindo TV, ouvindo música, jogando baralho e, principalmente, lendo.
Aproveitei a viagem para tentar retomar meu ritmo de leitura habitual. Levei três gibis do Demolidor e li a história do personagem-título de cada um deles. Mas o meu companheirão de viagem foi mesmo O Silmarion, de Tolkien. A criação do mundo, a revolta de Morgoth, o surgimento dos elfos e dos homens, a confecção das Silmarils, o amor de Beren e Lúthien. Muitas belas histórias, muito anteriores à agora tão conhecida Guerra do Anel. Eu lia de manhã, à tarde, à noite; na casa, em frente ao rio, no carro. Simplesmente encantador. Ainda não li tudo, e quando acontecer, sentirei saudade.
À noite, esperava o sono chegar sozinho no quarto, ao som de músicas eruditas ou Led Zeppelin - este último acabou me acompanhando na viagem por acaso e foi bastante providencial ontem, quando eu percebi que não queria mais ouvir pianos ou orquestras.
Um dado interessante sobre a viagem também tem a ver com música. Eu descobri uma rádio evangélica, a BBN Internacional (acho que é isso). Normalmente eu me manteria muito afastado de sua freqüência, em 96,1 MHz, mas dessa vez não foi assim. É que o repertório da rádio era diferente: havia as típicas músicas "gospel" brasileiras, mas o que tocava a maior parte do tempo eram hinos de louvor a duas, três, quatro vozes, com arranjos bonitos, capazes de emocionar até não-cristãos. Sabe, quando a música é boa, ela me pega de tal modo que deixo a letra em segundo plano. Não foi exatamente o caso aqui. Não ignorei o fato de as músicas falarem de Deus, muito pelo contrário. Até cheguei a pensar que a música seria a melhor maneira de entrar em contato com uma entidade superior. Ler o Silmarilion certamente me ajudou a formar essa opinião: conta-se, no livro, que tudo o que existe foi criado a partir da música. Lindo demais! Aí eu pensei que somente a música me faria voltar a crer, de verdade, num deus. Será que, um dia, deixarei de ser agnóstico para, como consta no Orkut, ter "um lado espiritual independente de religiões"?
Chegamos em São Paulo às quatro e meia da tarde. Como disse antes, gostei da viagem, mas não agüentaria ficar mais tempo. Há um momento em que é necessário voltar à vida habitual. O ano tem que começar de verdade. E eu tenho muito a fazer.