quarta-feira, 27 de abril de 2011

injustiça social: eu me importo

Retomando o assunto dos sem-teto organizados em movimentos sociais que lutam por moradia decente em lugares decentes de São Paulo e não nos cafundós onde as elites e os governos que as representam permitam que eles morem. Já falamos especificamente de um grupo que se movimenta no centro da capital aqui. E eles estão de volta à programação deste blog por um motivo bastante triste.
Um dos prédios que ainda permanecem ocupados, localizado na avenida Prestes Maia, está para ter sua reintegração de posse declarada - logo agora que, segundo este link, está em curso uma negociação para sua desapropriação e adaptação para moradia popular. Sugiro conferir também a carta aberta às autoridades contra a retomada do edifício e que também dá conta de parte do complicado processo que envolve a "posse" do imóvel desde que este deixou de pertencer à falida Companhia Paulista de Tecidos.
Pelas postagens sabemos que o Prestes Maia encontra-se desocupado há mais de vinte anos e que a pessoa que reclama ser seu proprietário tem a obrigação de também asumir uma dívida de mais de R$ 5 milhões em impostos. Meu conhecimento prévio sobre o caso me permite informar também que o prédio foi alvo de outras ocupações organizadas no passado. Também sei o nome de seu pretenso dono: é o sr. Jorge Hamuche.
Como me incomodou a notícia da possível reintegração! Creio que custarei a dormir esta noite, e estou precisando pôr o sono em dia.
Mas, porque me incomodo, sinto-me no dever de incomodar meus leitores.
Não escondo minha postura "estou contigo e não abro" em relação aos movimentos sociais que defendem causas justas e cuja idoneidade não encontro razões para contestar. De fato, quem costuma tentar desqualificá-los é a grande imprensa, notável porta-voz das mesmas elites que influenciam as decisões de nossas autoridades, embora jure de pés juntos que reza pela imparcialidade (volte a meu post anterior sobre o caso, se preciso).
Creio, porém, que certas demandas independem da orientação política para serem defendidas. A questão é de princípios. Se uma propriedade está desocupada há tanto tempo e ninguém se responsabiliza por ela, a não ser para manter longe quem luta para lhe restabelecer uma função social, parece óbvio de que lado se deve ficar. (...)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

a insustentável leveza de mr. rich (peça teatral)

Apenas dando uma força na divulgação do trabalho de meus amigos...

novo projeto de trem bala chinês

Via ZipLista


O futuro é logo ali....

Projeto do trem bala na China: descer do trem sem que ele precise parar!

Não há tempo a ser desperdiçado. O trem bala está se movendo o tempo todo. Se existem 30 estações entre Pequim e Guangzhou, parar e acelerar de novo em cada estação vai fazer perder energia e tempo. Uma parada de 5 minutos por estação (passageiros idosos são naturalmente mais lentos) resultará em uma perda total de 5 min x 30 estações, ou 2,5 horas de tempo de viagem do comboio.

Os chineses são inovadores o suficiente para chegar a um conceito de trem sem paradas. Os passageiros embarcam, na estação, em uma cabine conectora antes que o trem chegue. Quando o trem chega, ele não vai precisa parar. Ele apenas diminui a velocidade para pegar a cabine conectora que vai se acoplar ao teto do trem.

Depois dessa acoplagem, os passageiros deixam a cabine conectora e descem para o interior do trem. Após o embarque, a cabine será movida para a traseira do trem, para ser ocupada pelos passageiros que querem descer na próxima estação. Quando o trem chega na estação seguinte, ele deixará a cabine conectora na estação. Os passageiros assim desembarcam na estação sem a necessidade do trem parar. Ao mesmo tempo, o trem vai pegar os passageiros de uma outra cabine conectora, com novos passageiros.

Assim, o trem terá sempre uma cabine conectora na parte traseira do teto (para desembarque) e uma cabine conectora na parte dianteira do teto (para embarque) em cada estação.

Isso não é "pensar fora da caixa"? Veja o vídeo ilustrativo...