quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

a globo pode?

Alguém mais já reparou que, em transmissões em rede nacional - por exemplo, pronunciamentos oficiais, como o de Lula, agora há pouco -, o sinal da Rede Globo, e somente o dela, está sempre defasado em relação ao de outras emissoras? Coisa de um segundo, mas o atraso existe; é algo de que estou ciente desde garoto. Qual o motivo disso? Quem é o "culpado" por essa falta de sincronia?

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

natal em casa

Uma mesa repleta de comidas deliciosas. Compradas com o dinheiro de meu pai e preparadas por minha mãe. Desfrutada por todos os membros de nossa pequena família - a qual, apesar dos temores, nao sumirá.
Não recebemos visitas; pouco depois dos estouros de champanhe e fogos, todos nos preparamos para nos recolher. Não se duvide, entretanto, de que havia amor sob nosso teto.

sábado, 22 de dezembro de 2007

E esta tarde por pouco não comprei um filme pirata. Sério.
Foi ontem que vi o título que me interessou e quase me fez contribuir com essa...rede de criminosos. Fiquei olhando e olhando o título que até o momento não conhecia e me despertou um interesse absurdo e por pouco não consumo a compra. Chegando em casa, maquinei crime ainda mais terrível: baixar o filme pela Internet!
O dia já é hoje. A conexão está ruim e desisto do download. Tenho de sair de novo, faço um caminho estranho na volta, comprido e que passe de novo pela barraquinha de DVDs e CDs "alternativos". Bem mais cheia desta vez, muita gente olhando. Não encontro o que buscava e nem me atrevo a perguntar a respeito. Ao abandonar definitivamente meu intento, penso nos filmes que de fato quero ter em minha coleção e comprarei quando o dinheiro vier, virá que eu vi. E sim, evitei um mau emprego do pouco que hoje possuo.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

pessoas...

O IBGE diz que já somos mais quase 184 milhões de brasileiros.
No mundo inteiro, os seres humanos já devem ser quase sete bilhões. Sete bilhões.
Mamãe, ainda assim, quer que eu contrarie toda argumentação lógica - unclusive a não explicitada aqui - e ainda espera que eu tenha filhos, para torná-la avó, como algumas de suas amigas já são, e pretexto de "não fazer sumir nossa família".

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

cidade limpa

Minha ida a Campinas domingo último confirmou (o óbvio): a Lei Cidade Limpa, a qual eu julgava jamais passaria de boa intenção ano passado, foi das melhores coisas acontecidas à cidade de São Paulo nos últimos tempos, e acostuma facilmente os olhos de seus cidadãos.
Campinas ainda é tomada pelos anúncios. Aqueles gigantes curiosamente batizados em nosso país como outdoors, fachadas e símbolos que parecem capazes de engolir os estabelecimentos comerciais cuja localização indicam. Particularmente agressivas ao olhar são as enormes peças publicitárias afixadas a grandes prédios, mais comuns no centro da cidade. Mal me recordo de como era São Paulo antes da proibição deste tipo de feiúra - no mínimo dez vezes pior, se utilizarmos como critério de comparação o número de habitantes das duas metrópoles.
Que o exemplo paulistano logo alcance novas praças. Seria um colírio - com o perdão do lugar-comum.

Ainda sobre poluição visual: nunca havia notado os postes sem cabos elétricos na Rebouças. Fico imaginando a cidade inteira daquele jeito.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Tive um lindo sonho mas ao acordar tudo que eu tinha era a realidade.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

menina de ouro

Inspirado por Clint Eastwood...
Cante como no refrão de Menina Veneno, do Ritchie. Rimas pobres, mas é paródia e é pop, então não dou a mínima.


menina de ouro
você é um tesouro
precioso demais
eu já provei do seu beijo
e quero mais
e quero mais
e quero mais...

casa da mentira

A mentira, vejo-a como o mais desconfortável lar que alguém pode escolher para habitar. Estranhamente, porém, seu único residente se esforça ao máximo para fazer parecer a si mesmo que está num local aconchegante. Ignora as infiltrações no teto, finge que o piso é firme. Ele deslumbra com gosto a parede carcomida como a uma recém-pintada; mal repara, entretanto, na mobília desgastada que escolheu, e esta vai se sujando sempre.
O imóvel já era pequeno originalmente e a cada dia o dono sente ter de se encolher mais para ali caber.
E se alguém quer entrar nessa casa - sem convite, por razões óbvias - todo cuidado é pouco para impedir que o visitante ultrapasse a porta de entrada; o morador se posta à frente dela também para não notarem que ela está roída por cupins. Como desculpa, cita uma arrumação que, em seu íntimo, não sabe quando e como será feita.
A vergonha sentida pelo solitário mentiroso precisa ser imperceptível a ele próprio.
Ainda assim, ele não se desaloja facilmente desse lugar agourento; torna-se parte da decoração imunda, une-se a ela em seu abandono. Casa e morador estão mutuamente contidos, como naqueles jogos em que uma imagem se repete indefinidamente, quem é dono de quem.

fazendo a própria sorte (lost)

Tricia Tanaka Is Dead

Hurley: Stop feeling sorry for yourself (...) Look, I don't know about you, but things have really sucked for me lately, and I could really use a victory. So let's get one, dude. (...) Let's look death in the face and say 'Whatever, man'. Let's make our own luck. What do you say?


terça-feira, 11 de dezembro de 2007

fuga

Certo dia, alguém disse que eu vivia num mundo à parte, bonito, criado por mim mesmo. E foi algo que jamais esqueci. Para começar, a pessoa que o afirmou é bastante inteligente, e é uma das poucas neste planeta com quem eu compartilhe algo que pode ser definido como verdadeira amizade. A expressão "mundo à parte" remete quase instantaneamente ao caso de meu irmão, identificado como portador de traços de autismo e a cada dia mais determinado, se posso usar aqui tal palavra, a proceder única e exclusivamente conforme suas vontades não verbalizadas. Além disso, a mencionada beleza do mundo de André explicaria minha delicada relação com os sons musicais e minha empatia e inquietação por um mundo natural irremediavelmente modificado pelas mãos da lógica e da ganância.
Sobretudo, chama atenção aquela ser a maior verdade nunca antes dita a meu respeito.
Começo, entretanto, a enxergar com maus olhos minha gritante individualidade. Estou preso a este mundo inventado - meu refúgio, meu espesso cobertor em dias muito frios, minha inesgotável fonte de gozo - a ponto de não saber como me colocar fora dele. A todo momento esse gesto é necessário, e jamais procedo de maneira realmente satisfatória. É estranho demais: sou capaz de aconselhar a qualquer pessoa a tomar decisões lógicas e racionais num mundo lógico e racional ou então, se nada me for perguntado, balançar a cabeça para aquele menino tão simpático a meus olhos porque ele insiste em viver de ideais num mundo definido pela palavra concessão. Mas eu mesmo sigo aprisionado num mundo fantástico. Ainda acredito que posso viver uma felicidade idealizada, inclusive no campo profissional, se não em tempo integral, o suficiente para dizer, sou mais alegre que triste.
Mas isso não soa pueril demais? Adultos sofrem. Sempre, sempre. Por que não é possível "cair na real"?
Quando começou o isolamento? O mais óbvio palpite seria o momento em que vi minha preciosa infância ameaçada, tendo de partir para nunca mais, e tive muito medo. Mas não terá começado antes? Minha meninice não terá sido mágica demais? (imaginem se eu tivesse sido rico, então.) Ou existiria algum tipo de propensão ao mutismo e à misantropia em minha família, o qual se manifesta de forma mais evidente e até patológica em meu irmão, mas tão presente em meu ser também? Genética é um ramo da ciência capaz de fazer o homem acreditar em destino?...
Estou numa bela ilha tropical, perdida em algum lugar ao sul, envolvido por delícias imaginadas, e mesmo aqui não me livro do medo avassalador do mundo dos homens.

E meu primeiro post mais elaborado em semanas ficou uma porcaria, incoerente, mal escrito.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

domingo, 2 de dezembro de 2007

outra divisão

É difícil acreditar que tenha realmente acontecido. Mas é real. Pela televisão, vejo gente chorando pelo ocorrido. Para mim, comover-se a esse ponto é que é digno de lamentação.
Acontece que, no fundo, seja por mo]tivos racionais, como eu, ou por paixão futebolística, o rebaixamento era uma impossibilidade. Não era, e não é mais; tornou-se fato.
Quase dá vontade de voltar a ser são-paulino.