sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

chance rara

O ano terrestre tem, aproximadamente, 365 dias e seis horas. De modo a não jogar fora essas horas "de sobra", a cada quatro anos surge uma data diferente em nosso calendário, inserida no final do mês de fevereiro. É o ano bissexto.
Isso é coisa que qualquer um sabe. Ou deveria saber.
Se o blogueiro não posta nada num dia 29 de fevereiro, se simplesmente o deixa passar, só terá outra oportunidade em quatro anos. Muito pode acontecer até lá. O blog pode perder o interesse. Circunstâncias adversas - cito falta de tempo como a menos trágica - podem limitar a disponibilidade do usuário.
Mas a situação mais chata seria deixar a data passar batida de novo por puro desleixo após tão grande lapso de tempo.
Na dúvida, o melhor é postar, mesmo que não se diga nada muito útil.

***

O texto original para o post acabava aqui. Felizmente, porém, encontrei pauta. Para minha sorte, ela está relacionada à idéia de chance rara. É que acabei de assistir o episódio de Lost desta semana e, nossa, achei espetacular. Coisa nesse nível de excelência na série, eu vi pela última vez no final da terceira temporada. E na televisão em geral...atrevo-me a dizer nunca. O volume de coisas que vi e o que me fizeram sentir...Longe de mim parecer fanático, mas Lost é para entrar na história, mesmo.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

loucuras

Estava eu a checar a grafia de uma palavra para minha mãe na edição antiga do Aurélio que temos em casa e meio sem querer deparei com a definição de manicômio segundo o próprio: "hospital de loucos". Tal significado não me pareceu adequado a constar de uma obra que se julgue tão importante à lingua portuguesa, então corri a ver que diziam outros dicionários - em suas versões online, pois não sou lexicógrafo nem gramatiqueiro. O Houaiss, minha primeira escolha, só o assinante UOL pode acessar. O Michaelis define manicômio como "hospital de doentes mentais" - melhor que loucos. Encontrei no Priberam, um serviço português, coisa ainda melhor, que transcrevo integralmente, mantendo a grafia de lá:

manicómio

do It. manicomio, Gr. manías, louco + kom, r. de komeín, tratar
s. m.,
hospital ou instituição asilar onde se tratam doenças mentais.

Algo mais digno de dicionário, a meu ver. Que não se deixe de atentar, contudo, à etimologia da palavra: a tradução literal dos radicais gregos que lhe dão origem de fato dizem manicômio tratar-se de "hospital de loucos". Mas isso só ficaria bem no dicionário se antes especificassem a definição como popular, vulgar, que seja.
A propósito, não é a primeira vez que o Aurélio surpreende assim, negativamente. O verbete efeminado, ao menos nesta versão antiga, não me deixa mentir.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

seis milhões...e contando

Seis milhões é o número de veículos emplacados na cidade de São Paulo atualmente. Estima-se que tal marca será alcançada hoje.
E contando, pois logo todos estarão parados num congestionamento monstruoso e ficará fácil dizer qual o número exato deles "na mão".
Previsões apocalípticas à parte: a média habitante/carro de São Paulo é a mesma de Paris. Seria chique, se os parisienses não tivessem à sua disposição uma rede de trens metropolitanos que atravessam todos os arrondissements da cidade. Já o nosso metrô é aquela coisinha insignificante que bem conhecemos. E quando finalmente se dispõem a ampliar a malha...
Transporte de massa aqui na cidade sempre foi tão coisa de pobre que foi deixada para último plano ao longo dos anos. E o resultado são centenas de ruas e avenidas entupidas de carros, a maioria deles com um único ocupante - o condutor. Coisa triste de constatar; faça o exercício.
E lá vamos nós rumo a razão um por um?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

sem-eclipse

No dia do único eclipse lunar total do ano, o céu está todo encoberto, porque não teve chuva forte hoje, pela primeira vez em muitos dias.
Quando não é para ser...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

quero andar de bicicleta...

Meu sonho de consumo de jovem adulto paupérrimo é uma bicicleta. É a primeira coisa que providenciarei quando houver um dinheirinho que chegue. Não estou nem um pouco por dentro dos modelos à venda, das vantagens de cada um e se seus preços justificariam o investimento. Isso é o menos; encontro quem me assessore...alguém que não seja um vendedor.
Penso na bike e nos passeios bacanas que posso fazer com ela, e já é possível bolar alguns programas, mesmo numa cidade sem muitas alternativas de locomoção além de ruas congestionadas. Ciclovia é coisa raríssima, há poucos bicicletários, e pedalar aspirando toda essa poluição não deve ser moleza. Mas devagar devagarinho, surgem uns prós. Durante os finais de semana e nos feriados, os ciclistas podem pegar carona nos metrôs e trens da CPTM, das 15 às 20 horas aos sábados (um tanto restrito, infelizmente) e das 7 às 20 horas aos domingos. Embarca-se no último vagão e, claro, não é permitido pedalar dentro da estação. Ah, ir a parques com a magrela sem muito se cansar, mesmo que eles fiquem meio longe de casa. Ou pegar aquele cineminha sem a preocupação de achar lugar para estacionar ou, pior ainda, esperar ônibus.
Mas meu espírito "radical" ainda iria querer mais; tornar a bicicleta o meio de transporte preferencial o deixaria mais calminho. Mas só seria isso possível morando perto de meus compromissos. Mundo louco. Até lá, tenho minhas leituras para aquelas intermináveis horas em coletivos.
Bem se vê, não quero a bike unicamente como objeto de lazer, ou para atender à correta ordem de praticar exercícios. Há um idealismo irresistível na idéia de pedalar; depender, de fato, apenas de si no simples ato de ir até ali e depois voltar.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

salto de sete quedas

Deixo de lado as motivações um tanto quanto mesquinhas do post anterior para falar brevemente de uma beleza brasileira, nossa, perdida há mais de vinte e cinco anos em nome do progresso pelo progresso.
Todos ouvem falar de Foz do Iguaçu, da maravilha de contemplar a imponente queda d'água que se faz ouvir a quilômetros de distância, espetáculo da natureza. E Salto de Sete Quedas, dizem-nos os que tiveram o privilégio de conhecê-lo, era ainda maior, mais belo, mais digno de superlativos. Situava-se no Rio Paraná e desapareceu completamente quando da originação do lago da usina hidrelétrica de Itaipu, colosso que abastece Brasil e alguns países platinos. Outra das faraônicas obras concebidas em época de ditadura militar que, sem o devido planejamento, cobrou seu preço. Ou alguém acredita que tamanha força da natureza cessa de existir por acaso?
Salto de Sete Quedas. Uma rápida pesquisa no Google nos permite descobrir que o sete era número cabalístico; podiam identificar-se quase vinte diferentes quedas nas "Cataratas do Paraná". O Wikipedia destaca ainda que resquícios do Salto são identificáveis quando do abaixamento do nível de água na usina, ressaltando, ao mesmo tempo, que a magnitude de outrora é irrecuperável mesmo com um improvável esvaziamento da represa.
São outros os tempos agora, foram-se os militares, vive-se à sombra dos estragos de sua época, com os quais é imperativo aprender. Devemos acreditar que um Salto de Sete Quedas não seria destruído nos dias de hoje, não porque agora temos "democracia", mas por haver maior comprometimento com a causa ambiental em toda parte. E em parte desse processo de crença induzida (porém não passiva, irmãos) contribuímos eu neste post e quem mais dedicou seu tempo a este assunto, na Internet ou por outras mídias.
Não se esqueçam de nossas cataratas submersas, mesmo aqueles que nasceram após o desastre, e não por ímpeto masoquista em recordar tristes histórias. Se alguém merece mesmo se incomodar com o sepultamento do Salto a ponto de ter noites mal dormidas são os responsáveis por tal barbárie. A gente lamenta e vai em frente, em nome do que ainda existe e vale a pena preservar.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

uma data para não lembrar

Amanhã, a pessoa a quem enderecei esta carta faz aniversário - boa memória tem suas desvantagens. Estive pensando em reenviar-lhe o e-mail: em meio aos montes de desejos de muitas felicidades em Cristo - pois, sabe, trata-se de alguém bastante popular e que adora afirmar a todos sua fé evangélica, neopentecostal, ou algo que o valha - eu me manifestaria dizendo, você, sob esse seu manto de alegria e luz, tem seu pecadozinho escondido, menosprezou alguém que só queria sua amizade por orgulho, preconceito...eu nunca soube, nunca saberei. Na verdade, até agora, não encontro motivo para não fazê-lo. Pôr uma pedra no passado, como muito se diz? Não pedi para ter esta lembrança; enviando novamente ou não a carta, a data no calendário me fará pensar na idiotice do gesto de quem me enganou. E então eu queria ser D., queria ser quem já esqueceu, mas sou quem ainda não foi capaz de. Então pensei numa coisa um tanto mirabolante: conversar com alguém a respeito antes de bancar, hã, a vilã amarga/amargurada. Logo comunico aqui minha decisão final.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

confirmed dead (comentário sobre o episódio de lost desta semana)


Não é algo que eu faço normalmente, mas este review que escrevi para a comunidade do Orkut Lost Brasil ficou tão bacana (ou seja, longo?) que veio pro blog também. Caia fora imediatamente se não quer ler spoilers!



E aqui estou, após ter assistido ao episódio duas vezes.
Pra começar, tenho de admitir uma coisa: pela primeira vez, desde que comecei a acompanharLost, a quantidade de perguntas não respondidas me incomodou. Um pouco, mas incomodou. Eu estava com um amigo quando vi o episódio pela segunda vez, e na parte em que Charlotte encontra o esqueleto do urso polar, após explicar pro meu brotha (rs) que o símbolo da Estação Hidra estava na coleira do urso, eu disse, "agora quero ver explicar como esse urso foi parar aí", ao que meu amigo respondeu, "se é que vão explicar". Então eu temi, pela primeira vez, por uma possível ausência de respostas, talvez para muitas das coisas estranhas que já vimos. Sei que Lost é um drama, com elementos de ação, ficção e etc., e mais do que tudo quero saber qual vai ser o destino de cada personagem, Oceanic 6 ou não, mas acho que seria muito feio não dar respostas a certas coisas, como por exemplo, à pergunta do Locke sobre o monstro. Para essa e muitas outras, eu não quero um "I don't know".
Pois é, minha fé na ilha sofreu um leve abalo hoje...

Queixa registrada, continuemos...bem, o pessoal que jogou Find 815 - não é meu caso, a propósito - deve ter ficado satisfeito com as referências ao game. Será que perdi muita coisa? E que equipe arrumaram para essa missão de "resgate", não? De todos, o quase-piloto do vôo 815 é o mais normalzinho (o que era aquela vaca?), e o oriental "caça-fantasmas" é o cara da vez para odiar. Pessoas com poderes como o dele não costumam ser retratadas com um temperamento diferente, mais pacífico? Sem contar que eles têm fotos do Desmond, do Ben...estão fazendo coleção ou o quê? rs
E Matthew Abaddon é um dos "bad guys", só pode. No que depender dele, ninguém nem pensa em procurar a ilha. Medo.
No mais: o helicóptero que todos esperavam desde Greatest Hits chegou à ilha. A saber quem vai embarcar nele pra ir para casa, se é que é ele mesmo o veículo de fuga dos Oceanic 6.
E o Ben? Se daqui em diante Lost entrar numa trajetória descendente inimaginável (já bati na madeira não sei quantas vezes; quem está lendo até agora, por favor, faça o mesmo) ainda vai valer a pena continuar assistindo só por ele. Mas que personagem. Nem sozinho e amarrado ele perde a venenosa lábia. E ainda me deixa na maior das dúvidas: dizendo o que sabe sobre o pessoal do helicóptero, ele está agindo no sentido de manipular todo mundo, como de costume, ou ele está mesmo com medo e simplesmente quer sobreviver?
No geral: um episódio inferior à estréia, com o problema de "ah não, perguntas demais" muito à vista, mas com bom ritmo e qualidade bem superior ao abismal Stranger in a Strange Land. Que venha The Economist...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

mais um desses golpezinhos

Em plena época de folia, olha o que me chega:


Gmail - RACISMO
Aviso Importante


Sr(a) usuário

Recebemos uma denúncia que em seu Profile foi publicado material inapropriado e um de nossos usuários fez uma denúncia. Pedimos que confirme se esta denúncia é verdadeira ou não. Caso não se manifeste no prazo máximo de 24hrs, seu Profile será cancelado. Lembre-se! Você precisa estar ciente que não está de maneira alguma sendo ofensivo com nenhum usuário ou ter publicado alguma imagem ao qual possa ferir a integridade moral de um de nossos membros. Para que você possa nos informar que esta denúncia não procede, por favor siga os passos abaixo:
Passo1 - Clique no link http://www.orkut.com/conf.apx?985372334=myprofile034856304
Passo2 - Ao carregar o site, clique no botao de confirmação informando que essa denúncia relacionada à você não procede.
Passo3 - Aguarde a mensagem de conclusão.



Atenciosamente

Equipe Relacionamentos - Orkut.com

©2007 Google


O pior é que o email tinha símbolo do Orkut no corpo e tudo mais. Podia até ter enganado alguém mais desavisado. Mas ao passar o mouse pelo link que eles fornecem, há um atalho para um site completamente diferente. Lá, provavelmente pedem para o usuário digitar login e senha para resolver essa "situação".
E olha o remetente:

ORKUT-CANCELAMENTO DE CONTA

Não dá para levar a sério um endereço de e-mail digitado em Caps Lock, né?
Ainda assim, pode ser que a pessoa fique encucada. Mas, aqui entre nós...um site te acusa de racismo, e aí? Podem te responsabilizar criminalmente? É complicado, não deve valer a pena. No máximo, eles banem seu perfil. Aí você faz outro, grande coisa. Ou nem faz, vá. Se Orkut fosse útil, a gente não veria tanta atrocidade por lá.
Tem de ser impusivo demais para cair nesses contos. Ou dar muito valor a bobagens.
Ah, e eu nem comentei da "intimação" que recebi, pelo meu email do Yahoo - breve, mais um braço da Micro$oft - que consistia de uma intimação para tomar parte de um processo no Ministério Público Federal. Algo assim. Tinha até selo da instituição no email, não sei se legítimo. Para saber do que se tratava, era clicar num arquivo anexado. E a coisa ainda me foi enviada duas vezes. Por favor!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

eu, etiqueta (carlos drummond de andrade)

Em minha calça está grudado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrina me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
E desde sua partida cada cômodo é habitado por um perturbador silêncio. Eu o temo quando a noite chega e a inexorável solidão se atesta.
A todo momento, a folgar na casa que agora é estranha, sem que me dê conta, aguardo seu retorno. E se estou fora, quando vejo os veículos passarem e um deles lembra o seu, meu coração me engana, dizendo que o dia de seu retorno já chegou; ou pior, que nunca houve partida.

o princípio do fim (calma, gente)

Lost voltou nesta última quinta para os norte-americanos e os fãs de outras partes do mundo incapazes de esperar um segundo a mais pela estréia da quarta temporada; como é de se supor, faço parte, com muito orgulho, do último grupo citado. O episódio estava disponível na internet, já com legendas, no final da madrugada do dia 31 para o dia primeiro, horas depois de sua exibição no canal ABC, e antes que a manhã acabasse, já estava bonitinho em meu computador - assisti duas vezes. Ponto para a tecnologia que tornou isto possível - transmissão de dados veloz - e sinceros agradecimentos à legião de fãs doentes encarregados da tradução das falas de cada personagem, da inserção de legendas no vídeo original e também - quanta coisa! - da "quebra" do arquivo em diversas partes para facilitar o download.
Quanto ao episódio em si, mantenho-me fiel à minha política de não divulgar spoilers - fáceis demais de serem encontrados pela rede - e digo que o retorno cumpriu a (enorme) expectativa deste lostmaníaco. Aquele espectador ávido por respostas imediatas pode se desapontar, contudo. Fatos novos são introduzidos, confirmando alguns rumores divulgados pela internet (sempre ela).
O seriado agora toma um rumo sombrio, conseqüência lógica dos eventos finais da temporada anterior, a saber, a morte de Charlie e a iminente chegada à ilha de pessoas cujos interesses são incertos. Começa aqui a preparação de terreno para o famigerado flashforward que mostrava Jack e Kate fora da ilha, mas longe de terem seus problemas resolvidos. Como é de Lost que estamos falando, neste primeiro episódio são apresentadas novas e curiosíssimas peças de um quebra-cabeças ainda distante de ser plenamente elucidado.
Os longos meses de abstinência chegaram ao fim. Isso é uma excelente coisa. Mas isso não torna mais fácil esperar a semana seguinte por mais um episódio novo em folha. E ainda essa greve de roteiristas em Hollywood, que promete, até o momento, cortar a quarta temporada ao meio.
O que será de mim quando Lost acabar? Estou completamente viciado. O dia em que decidi assistir ao episódio piloto pela primeira vez foi o começo do meu fim.