sábado, 30 de setembro de 2006

Já se viu obrigado a fugir, fugir um sem número de vezes, que num dado momento não fosse mais capaz de se esconder, não por sentir-se exausto, mas por que não havia mais para onde escapar?

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

ansiedades

Breve estarei diante de todos os meus amores, aguardo ansiosamente para me reencontrar com eles. Agora mesmo, ouço suas vozes em minha mente, eles me chamam, me dizem, cada um a sua maneira peculiar, venha, venha, viveremos momentos felizes juntos, lado a lado. Nenhum me completa a existência da mesma maneira, por isso tenho vários, vários amores, que amo diferentemente. Ainda estou distante deles e penso, meu Deus, não haverá tempo para todos eles, há pouco eu disse a alguém, o tempo é aquele que temos, mas não posso chegar aos amores que "sobrarem" quando dos encontros e dizer isso a eles. Não está certo. O ideal seria eu ser vários, como vários eles são, para ter tempo para me alegrar ao lado de todos. Mas espere...eu já sou muitos por amar de modos tão diversos, sou um, único, com a característica de ser muitos. Se me quebrasse em muitos de fato, cada um deles seria menos que um, incompleto, querendo mais, os outros. Penso melhor, meus amores me entendem, se o tempo para algum ou alguns deles me faltar, quem mais sofre com isso sou eu mesmo, mas meus lindos amores me consolam, estando presentes a todo momento, aguardando pacientemente que minha hora para eles chegue. Então não está mal ser um, um para todos, e todos me tornam esse um.
Breve estarei diante de meus amores. Podem me ouvir? Não podem. Eu ouço vocês. Estou chegando!

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

antivoto

O titulo do post é auto-explicativo, certo? Confiram minha lista. Notem que estou respeitando a ordem da urna eletrônica.

Deputado federal: Paulo Maluf

Analisando a lista de candidatos, o páreo é até duro...Levy "Aerotrem" Fidélix, Fleury, Celso Russomano, Celso Pitta...Frank Aguiar (é sério)...mas a razão nos diz: o Malufão é imbatível.

Deputado estadual: Afanasio Jazadji

Truculento, preconceituoso, defensor da pena de morte...por isso e por tantos outros motivos.

Senador: Guilherme Afif Domingos

Nada contra o candidato em particular, mas ser candidato pelo PFL e ainda por cima apoiando o Serra? Duas palavras...não dá!
Mas eu queria mesmo era que meu voto tivesse algum poder em Alagoas, para que o Collor não fosse eleito.

Governador: Orestes Quércia

Minha rejeição pelo ex-governador consegue ser maior que a que sinto pelo vampiro sem palavra José Serra. É que o Quércia não só aprontou muito em sua época, como ainda gerou o Fleury.

Presidente: Geraldo Alckmin

Sobrou pro Picolé de Chuchu. Já citei minha ojeriza à dobradinha PSDB-PFL.
Outro em quem eu jamais votaria é o Eymael. Sim, ele é um candidato folclórico, sem chance alguma, mas...eu odeio aquele jingle!

não anuncie aqui

Segundo projeto de lei aprovado na última terça, de autoria do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, outdoors e painéis eletrônicos estão proibidos na cidade. Os já existentes deverão ser retirados das ruas ate o fim deste ano.
A publicidade externa não está totalmente extinta: ela será limitada ao denominado mobiliário público - pontos de ônibus e relógios, por exemplo. A implantação de anúncios nesses locais estará sujeita a licitações, ou seja, totalmente vinculada ao poder público. A prefeitura avalia que mais de três quartos das peças publicitárias na cidade são irregulares. Com a nova legislação, a fiscalização de anúncios se tornará muito mais simples.
Surpreendente medida, tomada com o objetivo de combater a poluição visual. Num primeiro momento, é difícil imaginar Sao Paulo, ou qualquer outra metrópole, sem outdoors. Muitos os consideram peças fundamentais na paisagem urbana, tão indissociáveis desta quanto prédios ou grandes monumentos. Contudo, a implantação de anúncios saiu de controle na cidade, já caótica em tantos aspectos, e era necessário tomar alguma atitude.
Resta saber se a prefeitura de São Paulo terá êxito nessa iniciativa, aparentemente benéfica a todos, frente aos interesses dos empresários de publicidade exterior. Estima-se um número elevado de demissões no setor com a perda de receita decorrente da nova lei. Esses profissionais não abdicariam facilmente de tão elevada parcela de seus lucros. Não com a mera intenção de colaborar em tornar a cidade mais agradável.

terça-feira, 26 de setembro de 2006


This heart
This lonely heart
Full of expectations

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

hopi hari


Sábado fui ao Hopi Hari passar um dia divertido. Foi minha primeira vez no parque.
Permanecendo quase o tempo todo ao lado do grupo - em sua totalidade ou dividido - que me acompanhou no passeio, brinquei em praticamente todas as atrações bacanas. Apenas por um momento me separei dos colegas: era quase meu horário habitual de almoço e eu não estava disposto a entrar numa fila. Larguei mão do brinquedo da vez e fui dar uma volta.
A caminhada solitária foi proveitosa. Primeiro, por me permitir observar melhor as pessoas. Também graças a ela, pude encontrar o lago - artificial, acho - às margens do parque. Lembro-me de admirá-lo da estrada em viagens quando mais novo, algumas delas ocorridas antes mesmo de a primeira palavra em hopês ter sido pronunciada. E naquele momento, lá estava eu diante daquelas águas sempre calmas, com ou sem parque. Junto ao lago, a algazarra ao meu redor parecia mais distante do que realmente estava.
Por fim, durante esse passeio solitário, pensei um pouco sobre parques de diversões, já vislumbrando idéias de textos para o blog (estou ficando obcecado em escrever?)
Na verdade, a onda introspectiva havia começado antes, com o primeiro brinquedo do dia. Subir e descer da imensa torre da foto acima me fez recordar minha última e desconfortável ida ao Playcenter, cinco anos atrás, ocasião na qual fugi de quase todas as atrações perguntando a mim mesmo que loucura levaria pessoas a gostar de sentir medo - e até pagar por isso! Alguns frios na barriga depois, já durante minha "voltinha", associei os brinquedos mais assustadores e a tal necessidade humana de enfrentar os medos, reais ou imaginários. Lembrei-me mesmo do filme Minha Vida, em que a personagem de Nicole Kidman dizia ao marido, vivido por Michael Keaton, que não se segurasse na trava da montanha-russa, perdesse o medo de cair. Isso servia de metáfora para outras coisas que perturbavam o personagem de Keaton. Não lembro exatamente quais eram, pois não vejo o filme há anos, mas a mensagem era certamente a de superar nossos receios para viver plenamente.
Esse tema poderia ter gerado um texto, se eu não o tivesse considerado corriqueiro. Fui procurar minha turma novamente e me divertir. Não me entendam mal, minhas reflexões não foram perda de tempo, eu precisava ficar um pouco só, ter um tempo comigo mesmo, mas não seria certo passar um dia inteiro introspectivo num Hopi Hari.
Assim, poupo meus leitores de um texto de auto-ajuda. Em vez disso, transmito a "receita" para aproveitar ao máximo um parque de diversões. Nada muito fora do trivial também, mas não importa. Ai vai:
Medo de algum brinquedo? Ande nele. Mesmo. Experimente as sensações de que você quer fugir. Grite, chame a mamãe. No final, saia gargalhando. Primeiro, porque foi bom demais. Segundo, de você mesmo, por ter cogitado privar-se desse pequeno prazer.
E tenho dito. Ou, como se diz em hopês...ora, ninguém acredita que eu realmente saiba isso, certo?



quarta-feira, 20 de setembro de 2006

apenas pensei...

E eram olhos claros, muito belos. Lembravam pequenos lagos, plácidos, límpidos, quase translúcidos. Quem dera fosse possível enxergar a alma por trás daqueles olhos, como quem vê o fundo do leito de um lago, ou de um rio, de águas tão claras.

terça-feira, 19 de setembro de 2006

minha cabeça

A partir de notícias de fora (um suicídio) e de experiências minhas (importa?), vislumbrei o autismo, a loucura e a morte. Tudo me pareceu extremamente condenável. No entanto...

sábado, 16 de setembro de 2006

que me diz?

Um número, por si só, é apenas um número.
Não é nada além da quantidade, do valor que expressa.
Insensível, duro, irrefutável.
Absoluto.
O número é "aquilo".
Pouco, ou nada, a acrescentar.

Palavras são relativas. Sempre.
São, por si mesmas, multifacetadas.
A verdade por trás delas? "Depende".
Quem as falou
Como as falou
Quando as falou? Pode ser.
Em que circunstâncias falou.
- Por que falou?

A palavra falada pode dizer qualquer coisa
Inclusive o exato oposto do que parece ter sido dito
Ou algo que não se deve dizer diretamente,
Por um motivo qualquer.
Quando se compreende o real significado por trás da palavra
É que ela pode ser dura, mais dura que um número.
Pois nela é possível estar, justamente,
Aquilo que jamais gostaríamos de ouvir.
Mesmo não "ouvindo" de verdade.
E aquelas palavrinhas, em vez de confortarem,
De oferecerem o acalento desejado,
Empurram, lançam ao chão, fustigam.
Ferem, e como ferem.

O número ignora que faz doer.
A palavra, matreira,
Ri-se da confusão por ela causada.
- Ah, agora você entendeu?

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

censura??

Leiam...é de amargar.



Caricatura de José Sarney provoca censura em blogs

Por Marcus Ramone (15/09/06)

"Xô!"Censurar blogs por motivos políticos parece não ser mais privilégio de países regidos por sistema ditatorial. Agora, o Brasil pode se enquadrar nesse rol.

Em Macapá, no Amapá, uma caricatura do senador José Sarney (PMDB) compondo a expressão "Xô!", feita pelo cartunista Ronaldo Rony no muro de sua casa, gerou um precedente com repercussão até em outros países.

Uma foto do muro foi publicada no blog da jornalista amapaense Alcilene Cavalcante, o que gerou indignação na coligação partidária capitaneada por Sarney, candidato à reeleição pelo Amapá. Assim, no último dia 25 de agosto, a Justiça Eleitoral determinou que a imagem fosse retirada do ar (ou isso, ou R$ 2.000,00 por dia de não cumprimento da determinação).

Como se não bastasse, o blog inteiro acabou sendo retirado do ar por ordem judicial.

Alcinéa Cavalcante, irmã de Alcilene e também jornalista, republicou a foto em seu blog e listou outros que também o fizeram. Até agora, cerca de 80 blogs se uniram ao Movimento Xô Sarney, em repúdio a esse ato de censura do ex-presidente do Brasil.

"É inaceitável que indivíduos que se dizem jornalistas armem uma longa teia de comunicação na internet para a prática de crimes", disse o texto de uma das nove representações impetradas contra o Repiquete, blog de Alcinéia, que no dia 1º de setembro também saiu do ar.

Segundo uma dessas representações da coligação União por Amapá, eleitores, jornalistas e internautas, inclusive de outros países, estão sendo convocados a "compor um bando de criminosos". A rede de blogueiros, assim, estaria "organizada em prol de atingir a boa imagem do candidato".

A jornalista Alcinéa Cavalcante migrou seu blog para um servidor no exterior. E o Movimento Xô Sarney continua.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

mais uma página de diário

Esta última noite foi a mais mal dormida. Talvez me sentisse mais descansado se tivesse escrito durante a madrugada. Impossível saber. O fato é que as anotaçõees, necessárias anotações, tomam lugar agora.
(Com os diabos, não consigo resistir ao impeto de escrever "bonito". Observação feita, vamos prosseguir...)
Sigo minha vida, seja lá para onde, com a certeza de que jamais deixarei de ser uma criança. Na realidade, o(a) garotinho(a) de nossos primeiros dias não desaparece jamais - ou ao menos não deveria, pois é remédio certo naqueles momentos em que nossa existência parece insuportável. Ah, mas minha versão mirim, quando desperta, traz comichão por toda parte do corpo, torna a voz mais clara e possante; o cerébro vai a toda parte e recusa descanso. É de uma intensidade, a alegria é tanta que o adulto sujeito a todo tipo de regras desaparece e aquele que o substitui - penso comigo - bem poderia fazê-lo em definitivo.
Ontem, dois acontecimentos me fizeram experimentar essa breve loucura. Um deles, confesso, é futil: recuperei minhas lentes escuras. Perdidas há semanas, estavam fazendo falta nesses dias de sol inclemente. Do outro, direi apenas que criou em mim enorme expectativa, deixando entreaberta a porta para algo novo e...acho que falei demais.
Os dois fatos vieram quase em seqüência; a sensação do primeiro, que se esperaria efêmera, juntou-se à emoção causada pelo posterior. Daí minha noite de sono curta e este texto empolado.
Queria era não depender tanto desses surtos para me sentir bem. Pois não demora e a euforia passa, volto a ser o mesmo de sempre. Desinteressante e por vezes chato. Sonho encontrar um equilíbrio entre o moleque entusiasmado e o "velhote" calejado.

sábado, 9 de setembro de 2006

hoje, em casa (sp)

Pois é, nunca estamos completamente sós, mesmo quando não se espera algum tipo de companhia.
Esta tarde pus para tocar um CD com trechos do Quebra-Nozes. Não é o tipo de coisa que ouço em baixo volume, por isso creio que esses belos acordes ressoem pelas redondezas, possivelmente incomodando alguns viznhos. Aos olhos de alguns deles, devo ser o excêntrico. Nada que tire meu sono.
Mais à noite, uma vizinha veio procurar minha mãe e me perguntou se era eu quem estava ouvindo música "clássica" momentos atrás. Respondi que sim, confirmando algo quase certo na cabeça dela: quem mais se interessaria por tal repertório além de mim, um coralista? Então, a surpresa. A vizinha disse gostar de ouvir os clássicos de vez em quando, ainda que por tabela, como hoje, para relaxar. Ok, o comentário foi clichê, e estou longe de achar que as intensas composições de Tchaikovsky sejam capazes de acalmar os nervos de qualquer mortal, mas nem por isso o pequeno elogio ao bom gosto deixou de agradar.
Em meu íntimo, talvez quisesse me sentir menos solitário naquele mundo de músicas belas. Apenas, insisto, não esperava que pudesse acontecer.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

mordendo a língua!

Num post anterior, torci o nariz para uma "versão jamaicana" de Dark Side of the Moon, antes mesmo de ouvi-la. Pois bem. Baixei o álbum inteiro tempos atrás e hoje à tarde, caçando músicas em minha playlist, resolvi finalmente dar a ele uma chance. E não é que achei bacana? Todo fã do álbum original deveria largar mão de rabugices (aqueles que as têm) e conferir Dub Side of the Moon, gravado pelo...vamos checar o nome aqui...Easy Star All-Stars. Dub? É o gênero musical jamaicano sobre o qual a foi concebida a releitura. Esse mesmo estilo inspirou algumas composições do Police, Walking on the Moon o exemplo mais óbvio.
Voltando ao Dub Side, vale mesmo a pena, nem que seja como mera curiosidade. As faixas instrumentais são particularmente interessantes. On the Run, por exemplo, ganhou um clima que lembra o jungle (lembram-se desse estilo, também de raízes jamaicanas?), mas sem perder a identidade. A versão de Time foi a unica que me causou certo estranhamento: no lugar do tradicional solo de guitarra, umas vozes, certamente recitando frases em acordo com o tema da cancão, mas musicalmente...não me "desceu".
De resto, um bom trabalho. Merece esta minha nota de "desculpas".

terça-feira, 5 de setembro de 2006

freddie mercury 60 anos

Apenas para não deixar a data passar em branco...







Valeu por tudo, Fred! :)


pérolas eleitorais - mais

Após recordar nossa primeira chance de escolher um presidente em anos, vamos conferir o que as eleições paulistas recentes já nos trouxeram de...bom.

Para começar...uma lenda!

Maluf, o candidato do coração.

São Paulo é Paulo
porque Paulo é trabalhador,
Sao Paulo é Paulo
É Maluf sim senhor.

Frase e jingle de campanha...90 e 92, acho. Na última, o eleitorado conservador da capital caiu nessa e elegeu o Malufão! Rouba-mas-faz na cabeça.
E o pior é que o povão quis mais...

Não deixe São Paulo parar
Não deixe a peteca cair
Quem achou seu caminho
tem que prosseguir...
PITTA!

Em 96, não era possível a reeleição, logo, Paulo Salim precisava de um sucessor. O novo candidato do coração foi o até então desconhecido Celso Pitta, secretário de Finanças da gestão Maluf - o quanto não terão roubado juntos, Frankenstein e monstro.

Vejam como Paulo confiava em seu discípulo:

"Votem no Pitta. E se ele não for um grande prefeito, nunca mais votem em mim novamente."

Mas eles romperam anos depois. Celso não correspondeu às expectativas. Maluf, entretanto, continua recebendo votos toda vez que se candidata.

A milionária campanha de Pitta (e poderia ser diferente?) gerou jingles que não me saíram da cabeça jamais.

Pitta!
Pra continuar é Pitta!
A gente acredita
Em tudo que foi feito
e o prefeito tem que ser
Pitta!

Mas sem dúvida o mais infame era este. Na época, urna eleitoral ainda era novidade, e convinha esclarecer os eleitores sobre como usá-la...

Aprendendo a votar!!
Primeiro aperte o 1 duas vezes (UM! UM!)
Espere até o Pitta aparecer (Olha!)
Depois aperte o verde e confirme a decisão...(ruido)
Obrigado coração!
(Vamos ensinar mais uma vez...)
Primeiro aperte o 1 duas vezes (UM! UM!)
Espere ate o Pitta aparecer (EEEEE!)
Depois aperte o verde e confirme a decisão...(ruido)
Obrigado coração!!!

Acabou...eu juro que acabou.

Aliás, quase todo candidato a prefeito em 96 devia ter uma música orientando o eleitor no uso da tecnológica urna. Mas só me lembro de mais essa...e é só uma frase:

Aperte o 1, aperte o 2, aperte o verde depois!

Francisco Rossi! Ex-prefeito de Osasco, sonhando com a capital. Em 94, na campanha ao governo do Estado, ele tinha um jingle bonitinho,

Francisco Rossi pra governador

A gente tem alguém em quem acreditar
Francisco Rossi pra governador
É hora da verdade, ele vai falar...

Sim, vamos todos acreditar no cara que, na eleição seguinte, atacou o Maluf até não poder mais no primeiro turno, quando as pesquisas que os dois candidatos decidiriam o pleito, e ao se ver do páreo não teve dúvidas em apoiar a candidatura do "rival". Esse tem palavra. Ele e o Serra.

E o jingle da Marta em 98? "Governadora é Marta..." Rapaz, se não fossem as pesquisas dizendo que ela não tinha a menor chance contra o "nefasto" Paulo Maluf, a mãe do Supla poderia ter chegado ao segundo turno. No lugar dela, Mário Covas, com vantagem de cerca de 75 mil votos. Sim, só isso. Bem, de qualquer maneira, o mal foi vencido.

Para encerrar, passamos dos figurões aos folclóricos:

"Nós vamos construir o aerotrem e fazer do rio Tietê e do rio Pinheiros rios subterrâneos!!"
Levy Fidélix

Não caçoem dele...não vou admitir...ele e o Collor são do mesmo partido.


(voltamos a qualquer momento com mais pérolas)

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

dói muito...

...muito mesmo, ouvir o que aquele grupo, Black Eyed Peas, fez com a maravilhosa, empolgante Misirlou, de Dick Dale, conhecida mundo afora graças ao iluminado Quentin Tarantino, que a colocou na trilha sonora de seu Pulp Fiction. Para os admiradores da canção original, a gravação de hoje, sucesso em rádios pop, é uma afronta, um acinte. Foram acrescidos berros e grasnidos a uma música que não precisava de palavras para ser reverenciada. Tais ruídos, antes, ultrajam a obra. Felizmente, neste caso, fomos poupados dos habituais gemidos sexuais quase obrigatórios na black music atual.
A penúria no gênero já vem de algum tempo: aberrações como as produzidas pelo já citado conjunto - tem-se como outro exemplo uma versão de Mas Que Nada, composta por Jorge Benjor e bastante conhecida na interpretação de Sergio Mendes - existem desde o final dos anos noventa, quando Puff Daddy escarrou sobre clássicos de Police e Led Zeppelin. O apelo, digamos, erótico nas gravações provavelmente surgiu na mesma época, e garante boas vendas até hoje.
Aos ouvintes de bom gosto, o consolo de que nem sempre as coisas foram assim. Estes já sabem que os nomes realmente dignos de menção na música negra esbanjam qualidade e criatividade, bem ao contrário de quem grava os hits lançados a toque de caixa hoje em dia.