quinta-feira, 30 de julho de 2009

E esse pessoal vai trabalhar de carro e larga o bonitinho na rua, oito, nove, dez horas seguidas, às vezes na frente da casa dos outros? Algumas ruas devem parecer pátios de montadoras, vistas do alto. Quem disse que se pode um particular, quem quer que seja, dispor do espaço público dessa maneira? Já tem o luxo do automóvel, faça o serviço completo: pague estacionamento, zona azul, o que for.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Agora vivo agruras de classe média. Essa semana tem um megashow perto de casa e estão preparando algum esquema de segurança para que a movimentação de ricaços não nos perturbe demais. Foi-se o tempo em que as maiores ameaças ao meu sossego eram os vizinhos evangélicos ou os pagodeiros.
Aliás, esses eventos bem podiam ser proibidos assim próximos de áreas residenciais, não?



domingo, 26 de julho de 2009

frio? que bom

Na verdade, estou a-do-ran-do todo este frio. Sabe, um inverno digno do nome. Lembram-se do ano passado, aqueles dias quentes e absurdamente secos? Gente, aquilo não era clima, e sim tortura. Auto-flagelo, na realidade, porque fomos nós que "fabricamos" as condições para dias cmo aqueles. Ora, os dias de inverno são naturalmente mais secos, e as condições da metrópole - muito asfalto e pouca área permeável, muitos escapamentos - tornam tudo mais sufocante mesmo. Acho que devíamos é ser agradecidos por ainda poder sentir um friozinho de quando em vez. E que o calorão fique para quando deve, o verão, a estação úmida.


sábado, 25 de julho de 2009

quanto custa ter um automóvel?

Posso ter muitas dúvidas na cachola, mas há uma certeza em minha vida de que me orgulho: estou decidido a jamais comprar um automóvel. Não sinto necessidade extrema de ter um, e nem acho que a cidade precisa de mais um habitante motorizado a poluir e congestionar nosso já tão castigado meio urbano. Às vezes, contudo, vejo-me sim obrigado a dirigir, se o deslocamento por outro meio de transporte torna-se inviável por algum motivo. Então acordei hoje com um pensamento: e se eu assumisse as contas do carro de meu pai, que ele tem interesse em vender? Quanto me custaria mantê-lo? Como não sou acometido pela síndrome brasileira de sair dirigindo todo santo dia - doença que assume proporções alarmantes aqui em São Paulo - , o dinheiro literalmente queimado com combustível resume-se a uma quantia irrisória. Utilizando pouco o veículo, também se demanda menos em manutenção. Contudo, um problema mecânico pode surgir a qualquer momento, e torna-se impossível estimar tais cálculos. Na verdade, o "grosso" da coisa está nos custos fixos. Temos impostos, como IPVA e seguro obrigatório. E alguém se arrisca a não fazer seguro do carro? Ponha na conta. E pelo que pude avaliar, este último é o que mais pesa no bolso.
Umas contas rápidas e a sentença: para mim, por ora, não vale a pena.

Como não poderia deixar de ser, deixo um link para você, que acha carro zero com cheirinho de novo uma coisa tão fundamental na vida, pensar melhor a respeito. Pena o site ser de Portugal e, por isso mesmo, indicar valores em euros. Mas boas idéias, acredito, não têm fronteiras. A minha é contribuir um pouquinho por uma vida mais digna. Vamos?

http://thechange2004.blogspot.com/2008/06/os-custos-do-automvel.html

domingo, 19 de julho de 2009

Duas leituras maravilhosas.
Antes do Baile Verde, livro de contos de Lygia Fagundes Telles. Veio do sebo esta semana.
Caminhos do Trem, coleção especial da revista História Viva. Conta a trajetória do meio de transporte decisivo para o crescimento do país e que hoje, após anos de improvável descaso, assiste a tentativas de retomada. Estava há um tempo completinha em casa e já estava na hora de começar a ser lida. Eu virava as páginas pensando, eu poderia estar indo a Sorocaba de trem. E ainda faço o link com o post passado, notaram?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

por que é preciso desejar boa viagem...

Dirigindo nesse trânsito maluco e em meio a uma frota de automóveis que não pára de crescer, crescer e crescer, ao que devo acrescentar o gosto que tomei por formas "alternativas" de transporte, aprendi a ter um certo receio de viagens rodoviárias, assim como lamentar a falta de opções a esse modo de deslocamento em distâncias médias. É de lamentar que tenhamos aniquilado nossa malha ferroviária, reduzindo-a ao transporte metropolitano, salvo raríssimas exceções. Viagens relativamente curtas, p. ex. São Paulo-Campinas, só se fazem pegando estrada. Ao menos as rodovias no trecho em questão são boas, mas de que adianta piso bom se grande parte dos motoristas ignora o conceito de direção defensiva? Se nas vias congestionadas da capital vemos toda sorte de loucuras, que barbeiragens não podem ser cometidas em pistas onde a barreira dos 100 quilômetros por hora é batida quase naturalmente por qualquer veículo? Ah, bom mesmo na Europa, onde se vai de um país a outro de trem, e os doidos que fiquem com coisas como a Autobahn. Enquanto isso, vamos lá, atravesse este país de dimensões continentais em meio a nosso arremedo de estradas, entre as quais os bem-cuidados caminhos paulistas são dos poucos que se salvam, ou no escuro de nossas pontes aéreas. E ouse me chamar de paranóico depois de tão salutar experiência.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ouvinte JP

Ouvinte JP

André relata descaso do Psiu e da Concessionária Caoa

15/julho/2009 por OuvinteJP

Prezados,

Desde a manhã de segunda-feira, na Caoa João Dias, concessionária deveiculos situada no número 2.207 da avenida de mesmo nome, soa um alarme intermitente que provavelmente não incomoda quem está dentro da loja, mas que inferniza a vida dos moradores do entorno, 24 horas por dia. Registrei o ocorrido a funcionários do local e nenhum deles deu a mínima atenção ao caso (deviam se considerar ocupados demais para tratar com alguém que não estava lá para deixar seu dinheiro na loja). Aqui em casa ligamos também para o Psiu, mas eles sequer têm data para vir. A própria atendente disse que a polícia nada poderia fazer num caso como o nosso, pois, apesar de o barulho ser agudo e constante, não é extremamente alto. A pergunta que faço é óbvia: até quando teremos que aturar as consequências de todo esse descaso?

Atenciosamente,

André de Oliveira Leonardo



Posted using ShareThis

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sabe, um dia espero jamais ter de dirigir novamente. Esse bando de pessoas sozinhas em automóveis são extremamente perigosas e capazes das piores barbaridades. Gerar trânsito é só uma delas. Aliás, não é preciso dirigir para se tocar dessa realidade de doidos por volante, não é mesmo? Mas quando você é mais um no meio da carraiada, a dose é mais concentrada.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O céu da cidade é essa coisa pobretona, mas sabe que não precisava ser tanto assim? Neste Ano Internacional da Astronomia, um evento chamado Maratona da Via Láctea pretende tornar mais conhecida dos brasileiros uma outra modalidade de poluição: a luminosa. Mais aqui.




Postei o link primeiro no Twitter. E sabe que depois da primeira twittada dá uma vontade doida de repetir a dose incessantemente...mesmo sem assunto?

domingo, 5 de julho de 2009

Onde eu estava que somente agora fui saber da restrição à circulação de veículos em Times Square, um dos cartões postais de Nova York? Fico feito doido só de sentir o cheiro de notícias assim...
Na verdade, esta é somente uma das medidas que vem sendo tomadas na metrópole norte-americana a fim de reduzir o caos e tornar a cidade um tantinho mais humana. Um bom texto sobre o assunto pode ser conferido aqui. E olha que na Big Apple eles estão é correndo atrás; cidades europeias já estão bem à frente no sentido de oferecer alternativas à chamada "cultura do automóvel".
Enquanto isso, aqui em São Paulo, onde "o governo não faz nada" e o paulistano solitário em seu carro confortável ainda menos, continuaremos a bater recordes sucessivos de congestionamento.