segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

sobre o (fim do) sarcasmo

É algo que sempre fiz questão de demonstrar, desde que percebi presente em minha personalidade. No meu perfil do Orkut, por exemplo, está lá, assinaladíssimo: humor seco/sarcástico. Eu procurei refiná-lo observando o Chandler de Friends e me considerei amador ao conhecer o dr. House. Sempre gostei quando as pessoas notavam essa minha tendência à acidez.
Agora, porém, não acho que sarcasmo seja algo bom a ser cultivado. E o motivo é essa minha fase, por assim dizer, espiritualista.
Desde que comecei a freqüentar esse centro kardecista, coisa de um mês atrás, comecei a repensar certas atitudes, que julguei em parte responsáveis pelo estado de inquietação em que me encontrava e que podem ter sido responsáveis pela necessidade de buscar ajuda tão inusitada. Também tenho tido acesso a textos de inspiração espírita. Já por várias vezes li que as palavras ferinas atingem também aquele que as pronuncia. Nesses ataques pessoais, sob o disfarce de insights super inteligentes sobre o que o outro tem de falho em sua personalidade, acabamos por revelar mais de nós mesmos. Se vejo tão claro o erro de alguém e o utilizo como arma, a amargura, o descontamento, isso faz parte antes de tudo de mim. Também não me gosto e projeto tal sentimento negativo nos outros, o que só o faz aumentar.
Outra coisa que se diz em minhas leituras: se sua palavra não for positiva, num momento de crise, por exemplo, guarde-a para você. Pensa-se melhor e em seguida você nem lembra o que o deixou nervoso.
O sarcasmo parecia algo tão característico de mim, agora estou trabalhando para eliminá-lo, na tentativa de ser uma pessoa melhor. Ao menos por ora, isso me faz sentido.

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