quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

mirante - janeiro

O tempo promete ser muito estranho ao longo deste ano.
Lembro-me de pouquíssimos dias típicos de verão desde que voltei do Rio. No primeiro final de semana do ano e nos dias seguintes, havia sol, mas não o calor insuportável típico da estação, pelo menos não para mim: à minha volta, as pessoas se queixavam dos dias quentes. E não chovia: à tarde, as nuvens se adensavam, mas não caía uma gota sequer; no máximo, as temperaturas caíam durante a noite. E em pleno janeiro, a seca chegou a preocupar, os níveis dos reservatórios de água perigosamente baixos. Então a temperatura resolveu subir, para simultâneos desespero e alívio, respectivamente pelos dias abafados e o retorno, ainda que tímido, das chuvas. E chego agora ao final de semana passado. Aquele com a frente fria que trouxe chuvas quase ininterruputas até, digamos, ontem, e derrubou a temperatura a níveis invernais. Já tivemos dezesseis graus em São Paulo. Dezesseis. Hoje, o sol está de volta, mas o frio destes últimos dias nos deixa uma manhã típica de inverno, das que se reluta em abrir as janelas num primeiro momento. Tudo isso em menos de vinte dias.
E eu queria tanto um feriado com tempo agradável, mas não sei o que esperar. Estações do ano é um conceito comprovadamente obsoleto.

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