domingo, 10 de fevereiro de 2008

uma data para não lembrar

Amanhã, a pessoa a quem enderecei esta carta faz aniversário - boa memória tem suas desvantagens. Estive pensando em reenviar-lhe o e-mail: em meio aos montes de desejos de muitas felicidades em Cristo - pois, sabe, trata-se de alguém bastante popular e que adora afirmar a todos sua fé evangélica, neopentecostal, ou algo que o valha - eu me manifestaria dizendo, você, sob esse seu manto de alegria e luz, tem seu pecadozinho escondido, menosprezou alguém que só queria sua amizade por orgulho, preconceito...eu nunca soube, nunca saberei. Na verdade, até agora, não encontro motivo para não fazê-lo. Pôr uma pedra no passado, como muito se diz? Não pedi para ter esta lembrança; enviando novamente ou não a carta, a data no calendário me fará pensar na idiotice do gesto de quem me enganou. E então eu queria ser D., queria ser quem já esqueceu, mas sou quem ainda não foi capaz de. Então pensei numa coisa um tanto mirabolante: conversar com alguém a respeito antes de bancar, hã, a vilã amarga/amargurada. Logo comunico aqui minha decisão final.

Um comentário:

André disse...

Não tive a tal conversa, mas também não enviei a carta novamente. Praticamente não pensei no assunto o dia todo. Melhor assim.