A coisa mais triste sobre Euclydes da Cunha não é sua amargura, nem a tragédia que lhe tirou a vida: e que seu algoz foi interpretado pelo picareta Guilherme "não fiz Chatô e embolsei uma bolada" Fontes. Sempre que me lembro do autor de Os Sertões, vem-me a cara do atorzinho.
Mostrando postagens com marcador Letras. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Letras. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 4 de agosto de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
não cometo poesia
Eu sempre achei que escrever em verso não fosse para reles mortais...
Em prosa, basta organizar as idéias de forma mais ou menos coerente, colocar uma palavra diante da outra e o pretenso escritor pode se sair bem. Mas verso? Verso é mais, ou assim sempre supus. Não ligo muito para coisas como métrica ou rimas, embora admire e faça mil deferências a quem consiga fazer poesia de qualidade dessa forma, sem engolir sílabas, palavras ou o bom senso. Se fosse isso apenas...em minha mente, há como que uma série de axiomas que parecem ditos ao megafone de maneira ensurdecedora quando tenho a audácia de cogitar a escrita em verso.
Tanto me convenço de minha incapacidade de extrair arte da pena - ou da pedra - que uns tempos atrás, após compor umas estrofezinhas desajeitadas, quis me redimir trazendo algo que começava como Meu verso não é poesia. Mas isso mesmo eu pretendia fazer em verso e a coisa jamais saiu das primeiras linhas. Ah, e da última: definitivamente, meu verso não é poesia.
Em prosa, basta organizar as idéias de forma mais ou menos coerente, colocar uma palavra diante da outra e o pretenso escritor pode se sair bem. Mas verso? Verso é mais, ou assim sempre supus. Não ligo muito para coisas como métrica ou rimas, embora admire e faça mil deferências a quem consiga fazer poesia de qualidade dessa forma, sem engolir sílabas, palavras ou o bom senso. Se fosse isso apenas...em minha mente, há como que uma série de axiomas que parecem ditos ao megafone de maneira ensurdecedora quando tenho a audácia de cogitar a escrita em verso.
Tanto me convenço de minha incapacidade de extrair arte da pena - ou da pedra - que uns tempos atrás, após compor umas estrofezinhas desajeitadas, quis me redimir trazendo algo que começava como Meu verso não é poesia. Mas isso mesmo eu pretendia fazer em verso e a coisa jamais saiu das primeiras linhas. Ah, e da última: definitivamente, meu verso não é poesia.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
loucuras
Estava eu a checar a grafia de uma palavra para minha mãe na edição antiga do Aurélio que temos em casa e meio sem querer deparei com a definição de manicômio segundo o próprio: "hospital de loucos". Tal significado não me pareceu adequado a constar de uma obra que se julgue tão importante à lingua portuguesa, então corri a ver que diziam outros dicionários - em suas versões online, pois não sou lexicógrafo nem gramatiqueiro. O Houaiss, minha primeira escolha, só o assinante UOL pode acessar. O Michaelis define manicômio como "hospital de doentes mentais" - melhor que loucos. Encontrei no Priberam, um serviço português, coisa ainda melhor, que transcrevo integralmente, mantendo a grafia de lá:
manicómio
do It. manicomio, Gr. manías, louco + kom, r. de komeín, tratar
Algo mais digno de dicionário, a meu ver. Que não se deixe de atentar, contudo, à etimologia da palavra: a tradução literal dos radicais gregos que lhe dão origem de fato dizem manicômio tratar-se de "hospital de loucos". Mas isso só ficaria bem no dicionário se antes especificassem a definição como popular, vulgar, que seja.manicómio
do It. manicomio, Gr. manías, louco + kom, r. de komeín, tratar
A propósito, não é a primeira vez que o Aurélio surpreende assim, negativamente. O verbete efeminado, ao menos nesta versão antiga, não me deixa mentir.
sábado, 6 de outubro de 2007
parêntese
Estou relendo Cem Anos de Solidão.
Me pergunto o que esperar das releituras cinematráficas de O Amor nos Tempos do Cólera, do mesmo Garcia Márquez, e Ensaio sobre a Cegueira, de Saramago. O grande "charme" das obras desses autores é a narrativa ímpar de cada um. Imagino que, por melhores que os filmes se revelem enquanto filmes e nada além, estarão fadados ao rótulo de obras menores, em relação aos livros que os inspiraram.
Me pergunto o que esperar das releituras cinematráficas de O Amor nos Tempos do Cólera, do mesmo Garcia Márquez, e Ensaio sobre a Cegueira, de Saramago. O grande "charme" das obras desses autores é a narrativa ímpar de cada um. Imagino que, por melhores que os filmes se revelem enquanto filmes e nada além, estarão fadados ao rótulo de obras menores, em relação aos livros que os inspiraram.
Powered by ScribeFire.
Assinar:
Postagens (Atom)