quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

grandeza

Sou grande, sou imenso. Um simples aceno meu e o que está ao redor muda. Ergo os braços, partículas se movem, como que abrindo passagem a quem devem total respeito. Minha envergadura parece crescer a cada instante, eu poderia envolver um universo num abraço caloroso.
Minha voz ressoa tonitruante em todas as direções. Os que a ouvem jamais são os mesmos, ela pode despedaçar almas. De minha boca saem somente verdades absolutas, por vezes não facilmente compreensíveis aos que me cercam; conheço inumeráveis idiomas.
A energia que emana de meus dedos é bela como a aurora boreal, há quem a tome por sagrada. Em minhas mãos forma-se uma esfera, inicialmente branca; não demora, porém, e ela passa a cintilar em infinitas cores, irradiando vida: mais um pensamento e reinvento a existência.
Sou imenso, vasto. Minha grandeza não pode ser medida, ou mesmo expressa por um simples verbete.

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