Sinto como se não quisesse sentir mais nada. Não que haja algo errado com o sentir por si só. O problema é com o mundo. Aqui sou obrigado a fazer nova ressalva, perdão se sôo repetitivo. É que devo especificar qual mundo chamo de problemático. E esse não é o mundo natural, de céu limpo e ar agradável, de plantas multicoloridas e animais vivazes. Nele, tudo de alguma forma faz sentido, encaixa-se...é natural. Até mesmo nós. Mas criamos mundo à parte, o mundo humano, repleto de problemas somente nossos, por nós inventados. Complicamos absurdamente o que deveria ser descomplicado. Descomplicado porque natural. Mas nossos rituais absurdos dificultam tudo. E se queremos algo além do humanizado em oferta, somos nós os complicados. Tornamo-nos confusos, inseguros, incertos. Oprimidos por questões que não deveríamos fazer a nós mesmos. Sei disso em meu íntimo.
Não quero uma volta às árvores. Quero ser homem, e natural também.
Enquanto esse ideal não se atinge, o artificial me coloca fora de mim, e volto para casa como que buscando tornar-me um feto novamente.
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