Li ontem uma matéria sobre a queda de qualidade nas trilhas sonoras especialmente escritas para o cinema. O autor afirma que os filmes de hoje não trazem mais os temas marcantes de outrora: tudo se tornou extremamente burocrático e similar. Os grandes trabalhos têm sido apenas pontuais.
Ele chega a chamar a trilha de O Senhor dos Anéis de pouco digna de um filme nesse estilo, coisa de que discordo até a morte. Para mim, tanto a trilogia quanto as belíssimas composições de Howard Shore entraram para a história. Mas vamos em frente.
O crítico apresenta em seu texto o atual critério de escolha de compositores para produções cinematográficas hoje em dia. Alguns dos problemas apontados na seleção, afirma, são o conhecimento musical restrito de compositores e arranjadores em comparação ao de grandes nomes do passado - são citados mestres como Ennio Morricone e "até mesmo" (palavras do autor) John Williams. Os músicos atuais acabam sendo escolhidos não tanto por seu currículo, mas por sua capacidade de estabelecer contatos com os grandes produtores hollywoodianos. Vale mesmo é a indicação. Como conseqüência, boa parte do trabalho dos profiisionais acaba se traduzindo em "correr atrás" do emprego; só depois disso se pensa em notas e acordes.
Mais um sério problema apontado é o intervalo relativamente curto para o compositor realizar seu trabalho. Fica complicado fazer algo especial com a pressäo de um diretor, este por sua vez pressionado por um punhado de produtores, todos insistindo para que tudo esteja pronto para que o filme chegue aos cinemas numa data estabelecida por motivos mercadológicos. Para piorar, normalmente é passada uma trilha temporária juntamente com o filme, sobre as quais espera-se que os músicos trabalhem, colaborando ainda mais para a padronização.
É triste vincular a arte a um sistema tão capitalista de produção, onde se prioriza o cumprimento de prazos e detalhes que certamente pesam mais sobre o retorno financeiro de um filme. Deve-se admitir que imagens marcantes, e não necessariamente belas, vendem melhor que uma canção mais bem elaborada ou que fuja do lugar comum. Fica difícil nos dias de hoje citar um tema musical que tenha emplacado após ter surgido para o público na tela grande, mas é extremamente simples se lembrar de batalhas, explosões e sangue derramado nas produções de sucesso atuais - cenas embaladas por músicas comuns, cuja presença é quase imperceptível em meio aos ruídos.
Ele chega a chamar a trilha de O Senhor dos Anéis de pouco digna de um filme nesse estilo, coisa de que discordo até a morte. Para mim, tanto a trilogia quanto as belíssimas composições de Howard Shore entraram para a história. Mas vamos em frente.
O crítico apresenta em seu texto o atual critério de escolha de compositores para produções cinematográficas hoje em dia. Alguns dos problemas apontados na seleção, afirma, são o conhecimento musical restrito de compositores e arranjadores em comparação ao de grandes nomes do passado - são citados mestres como Ennio Morricone e "até mesmo" (palavras do autor) John Williams. Os músicos atuais acabam sendo escolhidos não tanto por seu currículo, mas por sua capacidade de estabelecer contatos com os grandes produtores hollywoodianos. Vale mesmo é a indicação. Como conseqüência, boa parte do trabalho dos profiisionais acaba se traduzindo em "correr atrás" do emprego; só depois disso se pensa em notas e acordes.
Mais um sério problema apontado é o intervalo relativamente curto para o compositor realizar seu trabalho. Fica complicado fazer algo especial com a pressäo de um diretor, este por sua vez pressionado por um punhado de produtores, todos insistindo para que tudo esteja pronto para que o filme chegue aos cinemas numa data estabelecida por motivos mercadológicos. Para piorar, normalmente é passada uma trilha temporária juntamente com o filme, sobre as quais espera-se que os músicos trabalhem, colaborando ainda mais para a padronização.
É triste vincular a arte a um sistema tão capitalista de produção, onde se prioriza o cumprimento de prazos e detalhes que certamente pesam mais sobre o retorno financeiro de um filme. Deve-se admitir que imagens marcantes, e não necessariamente belas, vendem melhor que uma canção mais bem elaborada ou que fuja do lugar comum. Fica difícil nos dias de hoje citar um tema musical que tenha emplacado após ter surgido para o público na tela grande, mas é extremamente simples se lembrar de batalhas, explosões e sangue derramado nas produções de sucesso atuais - cenas embaladas por músicas comuns, cuja presença é quase imperceptível em meio aos ruídos.
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