terça-feira, 16 de maio de 2006

diário de guerra - segunda-feira

Saí da casa de meus pais em São Paulo por volta das sete e meia da manhã. Os terminais Capelinha e João Dias estavam fechados. Nenhum carro da SPTrans nas ruas. Vans e ônibus intermunicipais operavam normalmente, bem como a Linha Lilás do Metrô. Eu nunca havia visto a Estação Capão Redondo tão lotada.
O primeiro ônibus municipal apareceu somente quando eu estava chegando à Estação São Judas, e nem sei dizer se ele estava atendendo normalmente ou indo para a garagem. Da referida estação, segui caminho para o Terminal Tietê. Em São Bento, um anúncio: o metrô em que eu estava seria recolhido por "motivos logísticos". Foi a segunda vez em pouco menos de um mês em que isso me aconteceu. Desci e tomei o segundo trem que passou.
Cheguei a Campinas sem novos contratempos. Mesmo o fluxo na Marginal Tietê, eu já a bordo do "Cometão", era normal.
Deixei as malas em casa e passei um dia normal na Unicamp até pouco antes das seis da tarde. Foi quando eu soube que o expediente noturno no campus havia sido suspenso. Nem o Bandejão abriria. Pus-me caminho de casa. Felizmente, saí a tempo de ainda apanhar um circular. Seria duro voltar a pé sozinho, o céu já escurecendo.
Ah, sim: pelo que entendi, as aulas foram suspensas devido à possibilidade de um ataque criminoso à universidade. Estou falando sério. Considerei a hipótese de bandidos ameaçando estudantes absurda. Quando o medo toma conta, porém, as pessoas não costumam ser muito racionais.
Não sei o que será das atividades acadêmicas amanhã.
Uma última nota: uns bandidinhos assaltaram alguns estudantes perto de casa. Sempre há quem quer tirar proveito de crises. Certos estão os chineses...

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