Nada como um feriado para dedicar-se a leituras descompromissadas. E se o negocio é ler por diversão, gibi é algo imbativel.
A revista da vez foi Superpowers 1, de maio de 1986 (tem exatos vinte anos, portanto), estrelada pela Legião dos Super-Heróis, apresentando a conclusão da Saga das Trevas Eternas. Não li os capítulos anteriores da série, publicados em revistas do Super-Homem que evidentemente não possuo. Acho que posso acrescentar um "ainda" ao final desse último periodo, pois achei a Legião um grupo bem bacana e me interessei em ler outras coisas deles - pelo menos mais histórias escritas por Paul Levitz e Keith Giffen, um sucesso da DC pré-Crise.
Sobre o que li...no princípio, encontrei algumas semelhanças entre a saga e a maxissérie Crise nas Infinitas Terras, que estaria nas bancas pouco tempo depois: um terror desconhecido ameaça o Universo e a cada investida revela-se mais mortífero, os atacantes são espectros sombrios, uma criança de crescimento acelerado é a chave para a derrota do vilão, heróis são convocados às centenas a fim de oferecer alguma resistência aos bandidos. Neste último item, uma diferença marcante: na saga que li agora, os quaquilhões de mocinhos envolvidos são todos legionários. A equipe é enorme! Há os vários membros principais, reservas aos montes e ainda a Legião de Herois Substitutos. Há (havia? haverá??) muita gente superpoderosa no século trinta da DC.
Mesmo seguindo algumas das "receitas" básicas de histórias cósmicas, dentre as quais uma ou outra que citei anteriormente, a Saga das Trevas Eternas evolui de maneira diferenciada em relação à já citada Crise. Está certo que não li muitas coisas do gênero em todos os meus anos de fã de quadrinhos, mas a história, embora não possa ser considerada a mais original do mundo, não deixa aquela sensação chata de "mais do mesmo".
O interesse pela trama se mantem até a conclusão: o leitor acompanha os quebras - aos não iniciados em HQs, falo das batalhas entre superseres - com gosto e quer porque quer saber como tudo se resolve. Mérito dos autores, que também demonstram habilidade em contar uma história com tantos protagonistas. Uma ponta solta aqui ou ali, mas nada diretamente relativo à saga. Pode-se tratar de um plot que viria a ser trabalhado posteriormente, ou, menos provável mas não impossível, de algum corte na edição da Abril, coisa tão comum para a editora.
Outro ponto positivo da história é poder acompanhá-la sem ter que se preocupar com a complicada cronologia da DC, sem pensar em Terra-1, 2, infinito. Na própria edição de Superpowers esta tudo o que é necessario para a leitura: um resumo do que se passou na saga até o momento e pequenas fichas sobre a vida dos principais legionários. E só sentar e curtir.
No geral, gibi de super-herói de alto nivel, divertido como deve ser. Vale procurar nos sebos, como eu fiz para comprar meu exemplar. O difícil vai ser encontrar esse volume vendido a apenas R$ 1,50, como consegui. Tive muita sorte.
Só me resta uma dúvida...a frase "um épico para o nosso tempo", na capa da revista, se refere à conclusão da saga ou ao lançamento de Superpowers? As duas possibilidades parecem razoáveis.
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