domingo, 17 de maio de 2009

x-men: evolução

Quinze anos atrás, o então novo desenho dos X-Men me pegou em cheio. Eu tinha catorze anos e queria começar a acompanhar coisas menos "infantis". Os mutantes caíram como uma luva. Eles não apenas eram super-heróis, mas também eram obrigados a encarar o preconceito de quem não os entendia. A idéia me parecia sensacional. A Escola para Jovens Superdotados, Magneto e o ideal de supremacia mutante, Genosha - ilha onde mutantes eram escravizados -, os terríveis robôs sentinelas...a variedade de superpoderes...eu vibrava horrores. E nem me importava com pérolas como "eu convoco o poder total da tempestade" e outras bobagens amarradas aos personagens à guisa de personalidade, como a chatice da Jubileu, a Vampira metida a gostosona e as falas afetadíssimas da Tempestade - como se vê no exemplo acima, ela invocava os elementos climáticos como uma bruxa desvairada.
Enfim, eu me divertia e a coisa ainda me ajudou a tornar o "nerd" de hoje.
Hoje, muito por acaso, vi um pedacinho do "novo" desenho dos mutantes, Wolverine e os X-Men e quase morri de tédio. Mais do mesmo a vida toda. Sentinelas, molde-mestre, irmandade de mutantes, mutações como óbvia metáfora para minorias - e adolescentes -, protagonistas rasos cuja "personalidade" se desvenda em uma única frase, além da evidente megaexposição de Logan, como o próprio título da produção atual supõe.
Essas coisas servem para formar gerações de novos fãs (mais gente para dar dinheiro à franquia) e só. Eu caí nessa há quinze anos, outros cairão agora. Mas, por enquanto, é até perdoável eles acharem tudo o máximo; o senso crítico apurado que venha com o tempo. Só peço que não deixe de vir, por favor!, ou seria melhor continuar lá na seção infantil pro resto da vida.

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