domingo, 15 de fevereiro de 2009

não cometo poesia

Eu sempre achei que escrever em verso não fosse para reles mortais...
Em prosa, basta organizar as idéias de forma mais ou menos coerente, colocar uma palavra diante da outra e o pretenso escritor pode se sair bem. Mas verso? Verso é mais, ou assim sempre supus. Não ligo muito para coisas como métrica ou rimas, embora admire e faça mil deferências a quem consiga fazer poesia de qualidade dessa forma, sem engolir sílabas, palavras ou o bom senso. Se fosse isso apenas...em minha mente, há como que uma série de axiomas que parecem ditos ao megafone de maneira ensurdecedora quando tenho a audácia de cogitar a escrita em verso.
Tanto me convenço de minha incapacidade de extrair arte da pena - ou da pedra - que uns tempos atrás, após compor umas estrofezinhas desajeitadas, quis me redimir trazendo algo que começava como Meu verso não é poesia. Mas isso mesmo eu pretendia fazer em verso e a coisa jamais saiu das primeiras linhas. Ah, e da última: definitivamente, meu verso não é poesia.

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