quarta-feira, 16 de maio de 2007

amador

Sou novo no amor. Recém-iniciado. Por esse motivo, faz-se por bem relevar minha nítida inabilidade ao tocar no referido assunto. Mas urge falar de amor, urge falar, uma vez que antes calava-me justamente por não haver comentários.
Amar, amar é muito fácil. È que é natural. Porque não se esquece. Tudo, a todo momento, lembra-me o amor. Palavras, gestos, cores, formas, odores, aromas. Estimulem-me e tragam-me a presença do amor à mente. Até totais desconhecidos o fazem. Em parte porque o amor me era um desconhecido também. Em parte que há ainda pequeno vestígio daquela inquietação antiga, de uma busca quase invariavelmente inglória, que a beleza externa de quem passava me fazia lembrar em dor. E agora? Tenho o que preciso, o que os olhos trazem não me angustia, não inquieta, não faz buscar outro, mas me conforta: tenho o amor de que preciso.
Se pareceu pouco é porque mal comecei.

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