(título sem leituras ocultas - os textos são independentes entre si.)
São almas incompreendidas, incompreensíveis, sem terem quem as decifre as mais recônditas necessidades. São únicas, solitárias em sua unicidade.
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Sempre olhei para vocês esperando primeiramente atenção, depois o suave ar de compreensão e, por fim, o doce alento. Em vocês repousava minha única chance de redenção: como quis que me dissessem, você não é feio por dentro! Jamais o disseram. Jamais o dirão, não da maneira que por tempos aguardei...será que ainda aguardo? Feriram-me e nem sequer sabem disso, feriram-me com uma chama lancinante, a dor que senti, nunca poderei esquecê-la, nada a fará parar, mesmo quando ela não se fizer presente. A tocha foi acesa e o fogo jamais se extinguirá. Quero culpá-los pelo que me aconteceu, chegar-me a cada um de vocês e chamá-los seres da mais pura maldade. Sou humano, sempre busco culpados, sempre busco punição, mas a este caso talvez não se aplique. As coisas são. A chama arde. Em vocês, ela me consome.
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