quarta-feira, 28 de março de 2007

atestado

Sou tolo por ansiar um animal de estimação e por enternecer-me apenas de imaginar suas festinhas mudas.
Sou tolo por recusar - quase com veemência - as obviedades do mundo que se me oferecem e estão ao alcance de um clique.
Também torna-me tolo querer músicas suaves ao ouvido antes de adormecer, como um ritual em que se oferecem as maiores bênçãos.
E que dizer da insensata mania de olhar para o céu?
Tolo, sempre fui. E sempre o soube. Antes, contudo, não sabia definir a essência de minha tolice.
Agora, é tão claro - e isso não sei se me faz sentir melhor.
Sou tolo em meu ideal de que cada estímulo captado pelo corpo encontre ressonância na alma.

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