terça-feira, 14 de março de 2006

(en)cargo

A proposta veio na semana passada. Disseram-me para pensar a respeito, quando na realidade não havia muito o que refletir. Trata-se de um "poder" que tenho vontade de experimentar há algum tempo, e ainda por cima ligado à atividade que me dá mais prazer na vida toda - pudesse eu dedicar-me somente a ela...mas dizem que é preciso ganhar dinheiro também.
Apesar disso, quando afirmei que não havia muito o que refletir a respeito, minha resposta óbvia deveria ser, na realidade, uma recusa. Trata-se de um comprometimento muito grande com algo que, como disse antes, gosto imensamente, mas que na prática não me serve de muita coisa. Não vou ser pago por isso, eis o que quero enfatizar. Agora tenho que estar à disposição do coro de um modo que jamais estive, e isso pode não ser tão bom para quem, em tese, teria que se ocupar de coisas mais práticas. Mas aceitei, não deixei de aceitar ser representante de naipe. Creio que não podia deizar de cantar em coral - sei que um dia vou fazer isso - sem assumir um compromisso tão grande.
Talvez eu me arrependa por isso, mas é melhor que lamentar-se por uma coisa que se tenha deixado de fazer.

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