Às vezes, quando os típicos problemas de minha vida, aqueles que a tornam tão unicamente difícil, me assolam e por muito pouco não me deitam ao chão, prostrado, eu queria ter alguém a quem recorrer. Digamos, alguma entidade superior, a quem eu recorreria em prece e, bem, se tudo magicamente não se resolvesse, ao menos magicamente me sentiria mais tranqüilo, mais em paz, por acreditar que minhas palavrinhas teriam chamado a atenção de um deus e de seu exército de bondade e eles olhariam por mim e uma solução para o mal estaria mais próxima. Mas não pode mais ser assim: não sei mais se creio em entidades superiores a se ocuparem dos seres humanos. Seres além da compreensão, caso existam mesmo - é uma questão sobre a qual prefiro não me manifestar - teriam mais e melhor a fazer que ocupar-se do coitado e arrogante ser humano, que por montar umas pecinhas de matéria e por mudar tudo ao redor para uma vida confortável para si mesmo se julga tão inteligente. Ora, se é tão esperto assim, que aprenda a cuidar melhor de sua saúde mental, mandando às favas o pânico paralisador. O problema é seu, e não da natureza, de Alá, de Baal, ou qualquer outro equivalente. O homem precisa ter força. Eu preciso ter força. E competência.
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