segunda-feira, 6 de novembro de 2006

pós-feriado, agora com divagação

Como mencionado anteriormente, dormi por quatorze horas seguidas. Meu período de sono mais longo até hoje.
Por volta de sete da manhã, acordei e, tendo tomado consciência do tempo que havia passado desde minha decisão de ir para a cama, ainda na tarde anterior, lembrei-me de algo ocorrido em 1986 - socorro, minhas recordações mais antigas já remontam a duas décadas!
Eu ainda estava na primeira série, estudava de manhã. Nesse dia cheguei em casa um pouco doente; o que tinha, não faço mais idéia. Comi, provavelmente menos que o normal, e em pouco tempo estava deitado. Já era noite quando acordei, entre sete e oito horas. Estava bem. Parecia-me ter dormido por mais de um dia. Por um instante, tal impressão me deixou aflito. Teria eu perdido aulas? A preocupação logo passou, e tudo seguiu seu rumo habitual.
Doce lembrança da mais doce das épocas. Eu amava a escola, e adorava mais ainda tirar notas altas. Ah, era inocente a ponto de crer que uma doençazinha de nada me poria de cama por um período prolongado. Sempre fui tão saudável! Mais ainda, temi que, se de fato me acontecesse algo de grave, meu aproveitamento escolar seria irremediavalmente prejudicado.
A ingenuidade é, talvez, a característica mais divertida da infância: lembrei-me sorrindo do que acabei de relatar. O tempo passa, porém, e se encarrega de criar situações capazes de liquidar nossa inocência em partes, até que esta suma por completo.
Devo ter fugido de várias "tocaias" do destino a fim de manter minha puerilidade intacta. Ao menos, enquanto havia esconderijos, e esses podem ter resistido por tempo demais.
De qualquer forma, a hora sempre chega. A hora de mudar.

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