Eu estava deitado na cama de meus pais, num quarto bastante semelhante àquele em que eles dormiam, mas um tanto maior. Era fim de tarde, talvez umas quatro horas. A luz do sol atravessava as cortinas cerradas e chegava fraca até o leito. Eu iria tirar um bom cochilo.
Prestes a adormecer, fui desperto pela chegada de outra pessoa ao quarto, que havia se deitado também. Eu a conheço de vista - e de voz, porque canta. Possui um corpo moreno, bonito, escultural mesmo.
Dormiu instantaneamente, ao que parecia. Estava de costas para mim. Num dado momento, virou-se em minha direção. O peito estava nu, cabe mencionar. O mamilo direito se encontrava bem diante de meus olhos.
Desejei aquele corpo como nunca. Aproximei-me, buscando senti-lo junto a mim de alguma forma. Mas a bela figura, ainda em seu sono, afastou-se. Desisti; virei-me para o outro lado.
Pouco depois, ainda sem dormir, notei que me roubavam o lençol. A criatura, até então apenas parcialmente coberta, enrolou-se nele por completo. Senti-me provocado, invadido em minha resignada quietude. Decidi agir.
Ergui-me da cama. Arranquei minha blusa, que, de tão fina, mais lembrava uma camiseta de mangas compridas. Vestia, ainda, uma camisa - como eu não sentia calor antes? Fui até o guarda-roupa apanhar outra coberta. Aquela seria minha. Em poucos minutos, eu a estenderia discretamente sobre a cama toda e de maneira lenta e progressiva me aproximaria daquele corpo...o sentir...o toque...
Acordei com o dia raiando e não tive mais sono.
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