sábado, 9 de setembro de 2006

hoje, em casa (sp)

Pois é, nunca estamos completamente sós, mesmo quando não se espera algum tipo de companhia.
Esta tarde pus para tocar um CD com trechos do Quebra-Nozes. Não é o tipo de coisa que ouço em baixo volume, por isso creio que esses belos acordes ressoem pelas redondezas, possivelmente incomodando alguns viznhos. Aos olhos de alguns deles, devo ser o excêntrico. Nada que tire meu sono.
Mais à noite, uma vizinha veio procurar minha mãe e me perguntou se era eu quem estava ouvindo música "clássica" momentos atrás. Respondi que sim, confirmando algo quase certo na cabeça dela: quem mais se interessaria por tal repertório além de mim, um coralista? Então, a surpresa. A vizinha disse gostar de ouvir os clássicos de vez em quando, ainda que por tabela, como hoje, para relaxar. Ok, o comentário foi clichê, e estou longe de achar que as intensas composições de Tchaikovsky sejam capazes de acalmar os nervos de qualquer mortal, mas nem por isso o pequeno elogio ao bom gosto deixou de agradar.
Em meu íntimo, talvez quisesse me sentir menos solitário naquele mundo de músicas belas. Apenas, insisto, não esperava que pudesse acontecer.

Um comentário:

Adriano Queiroz disse...

Sim, a uma tendência medíocre que toda música clássica é para acalmar. Estas são almas que carecem de sensibilidade.

Abraços.