domingo, 9 de abril de 2006

not the champions

Paulistão? Deu a lógica: o Santos levou a taça. Pudera. O Peixe só precisava ganhar da fraca Portuguesa, em casa, para se sagrar campeão e acabar com um jejum de vinte e um anos sem título estadual. O único time com chances de estragar a festa santista era...o meu. Mas o São Paulo não dependia apenas de si mesmo: era necessário ganhar o jogo contra o Ituano - o que de fato aconteceu - e torcer para que o Santos não ganhasse. Sim, contar com um resultado não favorável ao time da
casa contra uma equipe ruim. Seria muito mais fácil ao São Paulo ter garantido em seus próprios jogos uma vantagem em relação ao Santos - ah, por que ficamos no empate com o Noroeste?
Por isso mesmo, eu não tinha a menor esperança de que as coisas acabassem diferente do modo que aconteceu. O curioso é que, aqui em casa - estou escrevendo em São Paulo - todos pareciam contar com um milagre. Acho que torcer pela seleção deixou meus pais assim. Lamento, mas campeonato não se decide na sorte, pelo menos não apenas com a ajuda dela. Como tudo na vida, não é mesmo? No fim, uma pessoa só pode contar consigo mesma: ela tem que fazer sua parte para alcançar seus objetivos. Um time de futebol também...mais força em 2007, São Paulo Futebol Clube.

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É no mínimo curioso que eu escreva regularmente sobre futebol, mesmo que de modo tão superficial. Eu mal acompanho as partidas...

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Só mais uma nota relacionada...
Quando o Santos marcou o primeiro dos dois gols do título, as câmeras registraram, como sempre, a comemoração de alguns torcedores no estádio. A reação de um deles me chamou muito a atenção. Eu via em seu rosto que se tratava de uma emoção intensa, aquela típica alegria que faz chorar. É como normalmente as pessoas se sentem em momentos realmente importantes da vida, como formatura, casamento, nascimento de um filho etc. Mas aqui a felicidade descabida era causada pela proximidade de um título do time preferido. Algo que, convenhamos, é pra lá de efêmero, diante de tudo que essa vida pode nos oferecer. Aí pensei de novo: quão sofrida deve ser a vida de uma pessoa para o qual assistir a partida na qual seu time favorito conquista a faixa de campeão. Como deve ser seu dia-a-dia? Certamente algo de que ela prefira nem se lembrar, e que deve ficar ainda mais distante a cada grito de gol saído se seu peito.
É provável que eu esteja falando demais; evidentemente nem todo torcedor é assim. Mas eu não podia deixar de registrar estas breves impressões.

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