Aconteceu hoje de manhã, no meu trajeto São Paulo-Campinas.
Peguei o metrô na estação habitual, São Judas. Nada fora do comum na Saúde, também. Chegamos então à terceira, Praça da Arvore. As portas não se abriram - o trem parou como que de vez, tudo foi desligado, motor, ar condicionado. Mesmo algumas luzes se apagaram. Um breve instante de perplexidade - o que estaria acontecendo? - logo foi sucedido pela alegria de encontrar tudo silencioso por um instante. Aproveite o sossego enquanto pode, disse a mim mesmo. Mais algum tempo se passou e nada aconteceu. Por que o trem havia parado? Sem resposta. A única "voz" que se levantou veio aparentemente de meu próprio ser, me lembrando de minha claustrofobia, descoberta tempos atrás. Eu iria entrar em pânico? Não, não havia por quê, eu não estava sozinho desta vez, havia várias pessoas ao meu redor, experimentando as mesmas dúvidas, os mesmos temores, mesmo que alguns não o demonstrassem - como um engravatado diante de mim, os olhos grudados num jornal. Era preciso falar com alguém. Procurei alguém que me parecesse simpático à idéia de conversar. Quando o encontrei, movimentação do lado de fora do metrô. Funcionários andavam apressados em direção à entrada do túnel que se segue à estação. Burburinho dentro do vagão. Mais alguns segundos. Mais funcionários podiam ser vistos, agora correndo. Logo surgiu alguém com uma maca nas mãos. Algo grave tinha acontecido, não restava dúvida. Outra voz, agora audível para todos, soou dentro do vagão. Era o operador. Ele esclarecia que estávamos parados devido à presença de "um usuário nos trilhos". Logo a situação estaria normalizada, prosseguiu a voz. Como teria acontecido? A menção à presença de alguém nos trilhos do trem me fez lembrar por um instante de atentados ocorridos na Europa, e logo agradeci pelo fato de nosso país não ser alvo de ataques terroristas. Mais uma vez ouvimos a voz do operador, dizendo que em dois minutos o serviço voltaria ao normal. Se foram mesmo dois minutos de espera, não sei dizer, mas de fato andamos de novo passado algum tempo...apenas para chegar a estação seguinte e lá deixarmos o trem, seguindo a instrução do operador. Aquele em que estávamos foi recolhido (como se recolhe um metrô?)
Embarquei no terceiro trem que passou. Os que vieram antes estavam muito lotados.
Acaba assim o relato sobre meu incidente no metrô. Procurei agora há pouco matérias sobre o assunto na Internet e não encontrei nada. Qualquer novidade, posto novamente.
Peguei o metrô na estação habitual, São Judas. Nada fora do comum na Saúde, também. Chegamos então à terceira, Praça da Arvore. As portas não se abriram - o trem parou como que de vez, tudo foi desligado, motor, ar condicionado. Mesmo algumas luzes se apagaram. Um breve instante de perplexidade - o que estaria acontecendo? - logo foi sucedido pela alegria de encontrar tudo silencioso por um instante. Aproveite o sossego enquanto pode, disse a mim mesmo. Mais algum tempo se passou e nada aconteceu. Por que o trem havia parado? Sem resposta. A única "voz" que se levantou veio aparentemente de meu próprio ser, me lembrando de minha claustrofobia, descoberta tempos atrás. Eu iria entrar em pânico? Não, não havia por quê, eu não estava sozinho desta vez, havia várias pessoas ao meu redor, experimentando as mesmas dúvidas, os mesmos temores, mesmo que alguns não o demonstrassem - como um engravatado diante de mim, os olhos grudados num jornal. Era preciso falar com alguém. Procurei alguém que me parecesse simpático à idéia de conversar. Quando o encontrei, movimentação do lado de fora do metrô. Funcionários andavam apressados em direção à entrada do túnel que se segue à estação. Burburinho dentro do vagão. Mais alguns segundos. Mais funcionários podiam ser vistos, agora correndo. Logo surgiu alguém com uma maca nas mãos. Algo grave tinha acontecido, não restava dúvida. Outra voz, agora audível para todos, soou dentro do vagão. Era o operador. Ele esclarecia que estávamos parados devido à presença de "um usuário nos trilhos". Logo a situação estaria normalizada, prosseguiu a voz. Como teria acontecido? A menção à presença de alguém nos trilhos do trem me fez lembrar por um instante de atentados ocorridos na Europa, e logo agradeci pelo fato de nosso país não ser alvo de ataques terroristas. Mais uma vez ouvimos a voz do operador, dizendo que em dois minutos o serviço voltaria ao normal. Se foram mesmo dois minutos de espera, não sei dizer, mas de fato andamos de novo passado algum tempo...apenas para chegar a estação seguinte e lá deixarmos o trem, seguindo a instrução do operador. Aquele em que estávamos foi recolhido (como se recolhe um metrô?)
Embarquei no terceiro trem que passou. Os que vieram antes estavam muito lotados.
Acaba assim o relato sobre meu incidente no metrô. Procurei agora há pouco matérias sobre o assunto na Internet e não encontrei nada. Qualquer novidade, posto novamente.
3 comentários:
Mas que coisa mais chata, uma pessoa morreu no metrô sim, e daí???Eles quiseram acorbertar o acidente para falar que o metrô de SP é seguro...grande merda, essa coisa ridicula que chamam de metrô, bom para não dizer coisas erradas e revoltar alguns, moderno, limpo(Obrigado...apesar de existir a linha Capão Redondo - Que por sinal é a linha mais noderna de todas)mas...
...Ridiculo de extenção.Bom de qualquer jeito essas coisas não vem ao caso agora, oq vem ao caso é:
E daí que o metrô parou pq morreu alguem nos trilhos???Pior e se ele sobreviveu!?!
Gordo...como e daí se o metrô parou pq alguém talvez tenha morrido (ou não, será que alguém sabe ao certo?) Eu estava lá, essa parada me prejudicou, e tb a tantos outros usuários do sistema. Motivo mais do que suficiente pra eu querer falar disso. Ainda tem a possível morte, que talvez nunca saibamos se ocorreu ou não. Se querem abafar o caso, mais uma razão pra não se calar a respeito. Não é a primeira vez que algo acontece e nunca vamos saber toda a verdade sobre o assunto, claro, mas não dá pra fingir que nada ocorreu. Isso seria conformismo.
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