domingo, 21 de outubro de 2007

bem amigos...

Pouco mais de um ano atrás, perguntei-me se o brasileiro ainda se interessava por Fórmula 1. Naquelas circunstâncias, julguei que o típico marasmo da categoria estaria ainda mais claro aos olhos do público, devido à ausência de pilotos brasileiros com chances reais de triunfo. Hoje, contudo, pude constatar que havia muita gente interessada em saber quem levaria o campeonato recém-encerrado. O fato de a última corrida ser disputada em Interlagos; a presença de um brasileiro na pole position, ainda que fora da grande peleja; a possibilidade de triunfo de um piloto negro, tão simpático aos olhos dos espectadores deste país: cada um desses fatores teve sua contribuição para o sucesso da temporada vendida como a mais disputada dos últimos tempos na Fórmula 1 (Galvão Bueno deve ter repetido isso à exaustão, ou à hipertensão, dependendo da fonte). Os homens por trás daqueles carros possantes e dos montes de dinheiro que eles rendem encontraram um meio de manter o interesse dos não tão amantes da velocidade, também conhecido como grande público, e colhem seus tenros frutos. E sobre o resultado das pistas, curiosamente, não deu a lógica: levou o título quem menos tinha chance. Mas o ambiente não se revelou totalmente incomum, uma vez que o campeão se valeu de um estratagema conhecido nas pistas, particularmente por nós, brasileiros. Felipe Massa foi o Barrichello de Raikonnen. Tudo pela equipe, tudo pela Fórmula 1.

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O título deste ano ainda pode ser revisto em (mais uma) decisão fora das pistas. É esperar para ver.

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Saiu na Folha de hoje uma matéria sobre um ex-piloto inglês que poderia ter sido o que Lewis Hamilton é agora. Ambos, o bem-sucedido e o falido, foram apadrinhados pela McLaren/Mercedes ainda no kart. Foi quando começaram os problemas. Hamilton logo cresceu, e o outro, cujo nome não me peçam para recordar, foi aos poucos deixado de lado, talvez devido à aposta do time num futuro piloto negro. Hoje, o preterido rapaz não tem em casa nada que lhe recorde os dias de corridas - por recomendação psiquiátrica - e é jardineiro.

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