quinta-feira, 12 de novembro de 2009

de uma certa pátria idolatrada

Acabou ainda agora uma execução do hino nacional na tevê (somente instrumental, aparentemente sem problemas - para quem pensou na Vanusa) e me ocorreu um pensamento um tanto herege. Nós, esta nação medíocre, não merecíamos um hino tão bonito. Mas nossa própria condição justifica as coisas. Desde a instituição do que chamamos Brasil, vivemos sob a crença no mito de "país grande" que persiste até hoje, passados tantos momentos políticos distintos - império, varguismo, ditadura militar, Lula - sem de fato se concretizar. E nem poderia, é um ideal utópico; o Brasil nunca será grande e belo para todos. Nem mesmo para a maioria, não importando a força do santo do milagre econômico. Pois bem. É inerente à construção de grandes mitos a existência de símbolos pomposos. Aí se encaixa o nosso hino, de melodia e letra retumbantes.

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