sexta-feira, 16 de maio de 2008

névoa

Não me lembro do último amanhecer enevoado por estas bandas. Me recordo de vários ao longo da infância, eu indo para a escola, a visão ao longe prejudicada por aquilo que os meus pais chamam de cerração - não gosto dessa palavra, não sei por quê. Então, na manhã de hoje, senti-me retornando a tempos antigos, mais inocentes, em que a própria vizinhança era mais amigável, mais pura, e desejei que a névoa que encobria as casas mal acabadas, hoje em número muito, muito maior que em minha infância, de alguma forma se fundisse à degradação humana ao redor e tudo fosse dissipado aos raios do sol.

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