terça-feira, 27 de maio de 2008

E agora essa possibilidade de vender a Nossa Caixa. Pouco sei de economia, como a população em geral, mas atrevidamente me pergunto o que leva a conclusão de que o Estado de São Paulo não deve mais gerir um banco. Mais ainda em se tratando daquele que hoje é responsável pela folha de pagamento do funcionalismo público paulista, estadual ou de seus municípios - a qual, estranhamente, até bem pouco tempo atrás, estava nas mãos dos espanhóis do Santander desde a venda do Banespa, há anos. Ninguém havia pensado, ou pensa agora, que servidor paulista deveria receber seu contracheque de São Paulo? O possível novo dono da instituição paulista seria o Banco do Brasil, que faria o arremate por venda direta. Há, porém, quem questione a legalidade de tal procedimento, dizendo que empresa pública se vende por leilão, aberto a quem interessasse. E banco grande interessa a banco grande; aí também viriam as megarredes privadas, nacionais ou multinacionais, e seus lances vistosos. Em se fechando o negócio com o BB por qualquer via, levando-se também em conta a recente incorporação de outros estaduais pelo mesmo, surge um banco estatal tão poderoso quanto os maiores privados. Então os mais críticos à desestatização diriam que, não tivesse havido a farra de privatizações de alguns anos, que vendeu bancos estaduais como o Banespa e todas as operadoras de telefonia, entre tantas outras empresas, não seria preciso incentivar o surgimento de banco gigante estatal algum. E com a inocência de quem é leigo em granes finanças, deixo outra pergunta: até que ponto uma empresa pública deve ser competitiva? O pouco que consigo apreender desse jogo trata da quantia absurda de dinheiro que os já mui abastados banqueiros e investidores tiram como do nada, enquanto nós outros...

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