Retomando o assunto dos sem-teto organizados em movimentos sociais que lutam por moradia decente em lugares decentes de São Paulo e não nos cafundós onde as elites e os governos que as representam permitam que eles morem. Já falamos especificamente de um grupo que se movimenta no centro da capital aqui. E eles estão de volta à programação deste blog por um motivo bastante triste.
Um dos prédios que ainda permanecem ocupados, localizado na avenida Prestes Maia, está para ter sua reintegração de posse declarada - logo agora que, segundo este link, está em curso uma negociação para sua desapropriação e adaptação para moradia popular. Sugiro conferir também a carta aberta às autoridades contra a retomada do edifício e que também dá conta de parte do complicado processo que envolve a "posse" do imóvel desde que este deixou de pertencer à falida Companhia Paulista de Tecidos.
Pelas postagens sabemos que o Prestes Maia encontra-se desocupado há mais de vinte anos e que a pessoa que reclama ser seu proprietário tem a obrigação de também asumir uma dívida de mais de R$ 5 milhões em impostos. Meu conhecimento prévio sobre o caso me permite informar também que o prédio foi alvo de outras ocupações organizadas no passado. Também sei o nome de seu pretenso dono: é o sr. Jorge Hamuche.
Como me incomodou a notícia da possível reintegração! Creio que custarei a dormir esta noite, e estou precisando pôr o sono em dia.
Mas, porque me incomodo, sinto-me no dever de incomodar meus leitores.
Não escondo minha postura "estou contigo e não abro" em relação aos movimentos sociais que defendem causas justas e cuja idoneidade não encontro razões para contestar. De fato, quem costuma tentar desqualificá-los é a grande imprensa, notável porta-voz das mesmas elites que influenciam as decisões de nossas autoridades, embora jure de pés juntos que reza pela imparcialidade (volte a meu post anterior sobre o caso, se preciso).
Creio, porém, que certas demandas independem da orientação política para serem defendidas. A questão é de princípios. Se uma propriedade está desocupada há tanto tempo e ninguém se responsabiliza por ela, a não ser para manter longe quem luta para lhe restabelecer uma função social, parece óbvio de que lado se deve ficar. (...)
Um dos prédios que ainda permanecem ocupados, localizado na avenida Prestes Maia, está para ter sua reintegração de posse declarada - logo agora que, segundo este link, está em curso uma negociação para sua desapropriação e adaptação para moradia popular. Sugiro conferir também a carta aberta às autoridades contra a retomada do edifício e que também dá conta de parte do complicado processo que envolve a "posse" do imóvel desde que este deixou de pertencer à falida Companhia Paulista de Tecidos.
Pelas postagens sabemos que o Prestes Maia encontra-se desocupado há mais de vinte anos e que a pessoa que reclama ser seu proprietário tem a obrigação de também asumir uma dívida de mais de R$ 5 milhões em impostos. Meu conhecimento prévio sobre o caso me permite informar também que o prédio foi alvo de outras ocupações organizadas no passado. Também sei o nome de seu pretenso dono: é o sr. Jorge Hamuche.
Como me incomodou a notícia da possível reintegração! Creio que custarei a dormir esta noite, e estou precisando pôr o sono em dia.
Mas, porque me incomodo, sinto-me no dever de incomodar meus leitores.
Não escondo minha postura "estou contigo e não abro" em relação aos movimentos sociais que defendem causas justas e cuja idoneidade não encontro razões para contestar. De fato, quem costuma tentar desqualificá-los é a grande imprensa, notável porta-voz das mesmas elites que influenciam as decisões de nossas autoridades, embora jure de pés juntos que reza pela imparcialidade (volte a meu post anterior sobre o caso, se preciso).
Creio, porém, que certas demandas independem da orientação política para serem defendidas. A questão é de princípios. Se uma propriedade está desocupada há tanto tempo e ninguém se responsabiliza por ela, a não ser para manter longe quem luta para lhe restabelecer uma função social, parece óbvio de que lado se deve ficar. (...)
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