domingo, 2 de novembro de 2008

depois

ó, mundo, palco constante de injustiças de toda sorte. Uma tristeza, o que ocorreu a Felipe Massa. Hoje tudo se fez tão certinho, nas pistas e no boxe. Não fossem os reveses anteriores, hoje mesmo ele se sagraria o primeiro campeão brasileiro na Fórmula 1 desde Senna. E em Interlagos!
E o campeão do mundo, que nem ao pódio subiu. Coisa chocha. Não recebeu cumprimentos de Serra e Kassab. Na penúltima volta, Hamilton viu o campeonato escapar-lhe das mãos. Na última curva - Massa já havia vencido a corrida - a taça estava nas mãos do brasileiro. E como se portou o pequeno Lewis durante os breves instantes em que tudo parecia perdido? Seu nervosismo era nítido; não sabe ainda lidar com adversidades. O título do primeiro piloto negro da história da Fórmula 1 poderia ter esperado.

Agora os helicópteros fazem o caminho de volta.

antes

A casa fica na rota dos helicópteros que vêm e vão de Interlagos. Desde manhã cedinho é esse movimento intenso bem acima das ruas, e o ronco dos motores que chega até aqui.

Eu queria ir até o autódromo hoje. Não para ver a corrida; acho que isso só deve ter sua graça na tevê. A coisa de ter um piloto brasileiro na briga do título, uau, tampouco me pega. E, importantíssimo, eu não iria suportar o barulho. Só queria estar lá para conferir o movimento. Chegar em Interlagos com uma hipotética bicicleta, aquela que ainda não tenho, ou pegar o trem e descer na estação Autódromo, e conferir São Paulo em dia de Fórmula 1. Eita cidade em que tudo acontece, lugar que recebe tudo e todos.

Que eu me lembre, é o primeiro dia de Finados em anos com um tempo tão bom. Para tristeza de um eventual piloto bom de chuva. Senna era, Galvão Bueno tentou convencer de que Rubinho também seria.
(Antes de clicar em publicar postagem, a chuva começa.)